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Carnaval 2016 “Seca fates d’oleade”

JL

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Armanda Hilário e Rui Carlinhos assumem, este ano, o papel de reis do Carnaval. Os nomes das principais figuras da festa e a Marcha Geral do Carnaval "Seca fates d'oleade" foram divulgados aos primeiros minutos de 2016, durante os festejos da Passagem de Ano.

Durante todo este mês, a animação decorre nas salas de baile, com os tradicionais bailes de máscaras, mas também na rua, nos dias 24 e 31 de janeiro.

A 3 de fevereiro, cumprindo-se uma tradição muito antiga, num cenário de grande animação, com gente mascarada, arranca o Carnaval de rua. Nesse dia, milhares de pessoas acampam junto do Monte de S. Bartolomeu. Além da gastronomia, da música e do convívio entre famílias e amigos, o costume manda que se subam os íngremes degraus que levam à capela de S. Bartolomeu e a uma das mais belas vistas panorâmicas de toda a Região.

O Carnaval na Nazaré distingue-se pela sua espontaneidade e pela forma profunda como é vivida localmente.

É uma organização da Câmara da Nazaré, Nazaré Qualifica e Junta de Freguesia da Nazaré.

Se o Rei de Carnaval da Nazaré fosse escolhido pelo seu currículo Rui Carlinhos era certamente um dos melhores candidatos. Da participação nos desfiles, em cegadas, a letrista de marchas, músico de Bailes ou membro de comissões de Carnaval da Nazaré, Rui Carlinhos fez quase tudo na organização do Carnaval. Foi, contudo, a sua forma apaixonada com que sempre desempenhou tudo isto que esteve na origem da sua escolha para Rei.

Conhecido carnavalesco, membro diretivo do Grupo Carnavalesco “Os Taful” e participante em várias bandas, como os “Tóm’anda”, que fizeram a sua aparição no Baile da Pederneira, em 2014, Rui Carlinhos deu, também, voz a várias marchas do Carnaval da Nazaré.

Soltas da entrevista ao site Carnaval da Nazaré 2016

“O Carnaval é uma essência que cada um de nós tem cá dentro e que sente de maneira diferente devido às nas nossas raízes, tradições na maneira de ser e de estar numa altura em que pomos para fora o que ao longo de um ano inteiro vamos vendo seja nas cegadas seja nos temas dos grupos. As primeiras recordações do carnaval vêm de 1977. Recordo o rancho das triqueiras. Foi a primeira vez que participei. E em 1980 participei num barco pirata os vikings. Desfilo desde 1977, e depois, também, nos anos 94, 95, 96 e 97 fiz parte da comissão do carnaval. Foi a partir dessa altura que participei em vários grupos, como “os cá de cima”, “grupo etnográfico de danças e cantares da Nazaré”, “estrama bazanas”, “chiáuas do mar alto”, “os Taful” grupo que se mantém ainda hoje.

O desfilar na avenida é o resultado de todo o trabalho. O carnaval começa quando iniciamos a construção do carro e tem o seu auge quando o colocamos na avenida.

Uma das tradições que gostava de ver de volta são as cegadas de rua, que recordo como um do momentos vividos em criança. Tudo o que envolve o carnaval, desde fazer os carros, cegadas, etc, são coisas que mais sinto falta ao longo dos anos e por isso aguardo sempre com desejo esta época do ano.

A música é, também, uma vertente muito importante. Desde os 11 anos que toco. São 32 anos com a música presente na minha vida. Fazer parte de um grupo de carnaval, e ir nesse grupo e tocar numa sala de baile com a minha banda é, para mim, é a planitude de viver o carnaval da Nazaré.

Modéstia à parte, devido o meu percurso ao longo dos anos em várias vertentes do carnaval, acho que me faltava pouco ou nada para ser rei do carnaval, mas reconheço que não esperava ser convidado este ano, no entanto estou muito feliz”.

Entrevista a Rui Carlinhos

RN: Já participou no corso de carnaval de Alcobaça. Como correu essa experiência. Em que se diferencia do da Nazaré?

RC: Foi em 1999, quando convidado pela minha irmã, que tinha desfilado no Carnaval de Alcobaça no ano anterior, que me “enleou” para experimentar.

A experiência correu muito bem, fiquei na ala dos “Caçadores de Corações” com pessoas que já conhecia, mas o Carnaval de Alcobaça não era a mesma coisa… Faltava a vertente do “construir o Carnaval”, a envolvência do ambiente, o ver o carro a crescer, a camaradagem do Carnaval, as cégadas, os ranchos, as brincadeiras, os bailes e principalmente as marchas de carnaval.

RN:Como grande conhecedor do carnaval nazareno e da forma como a população o vive, o que falta para que os desfiles ganhem uma dimensão nacional?

RC:Falta basicamente as pessoas virem à Nazaré e entenderem o Nosso carnaval.

Eu utilizo uma expressão que “sem sentir o carnaval, o carnaval não tem sentido” e se as pessoas o sentirem como nós sentimos e o viverem como nós vivemos, ficarão de certeza viciados com o Nosso carnaval.

Para ter essa dimensão nacional, o carnaval teria que se tornar uma indústria e haver condições físicas para se poder trabalhar para o carnaval durante todo o ano. A autarquia já disponibilizou o espaço onde estão a ser construídos a grande maioria dos carros alegóricos, mais cedo. Mas para atingir esse patamar, a meu ver, teriam que ser criadas condições para possibilitar aos grupos trabalharem o ano inteiro na conceção do carro alegórico. Não deixaria de referir que o Carnaval é um dos eventos que mas visibilidade dá à Nazaré.

RN:O corso vai sair no sábado à noite, no domingo e terça-feira à tarde. Há muitas diferenças entre o desfile noturno e diurno? Ouvi que o desfile noturno promete ser uma agradável surpresa! É Verdade? Pode revelar o que vai acontecer?

RC: O desfile noturno foi uma das grandes apostas ganhas por esta Comissão de Carnaval no ano passado. A maneira como se constroem os carros é diferente e o carro ganha mais brilho, bem como os elementos de desfile podem interagir com os foliões da noite nazarena, levando o desfile de carnaval a um patamar ainda mais alto.

A agradável surpresa tem a ver com a sua envolvência e o brio que é colocado pelos grupos de carnaval nos seus carros alegóricos.

Surpresas? Vão haver várias e utilizando um mote de carnaval de há alguns anos: “aparece e logo vês”.

RN:Qual foi a reação dos amigos e familiares quando ficaram a saber que foi escolhido como rei?

RC:Foi muito boa.

Diria que por parte do Grupo Carnavalesco “OS TAFUL”, do qual sou fundador e responsável, foi importante ter o reconhecimento de todos os elementos.

Por parte da família, foi o corolário de muitos anos de trabalho e dedicação ao carnaval, tanto na idealização e construção de carros alegóricos, na organização e planeamento do grupo, como na parte de interveniente em cégadas, de elemento de ranchos de fantasia, de letrista, de compositor, de ter feito parte da Comissão de Carnaval de 1994/1997, de músico e tendo uma banda especificamente de carnaval.

Foi a cereja no topo do bolo.

RN:Pelo trono já passaram várias “personalidades” da terra. Cada uma, diferente. Mas todas com um grande amor ao CARNAVAL. Quais as características que deve ter o rei do Carnaval da Nazaré?

RC:Para mim, e não querendo ferir suscetibilidades, os Reis de Carnaval da Nazaré, devem ser nazarenos, foliões que se tenham destacado ao longo da sua vida como pessoas ligadas ao Carnaval e que tenham o carnaval na alma. Independentemente das áreas a que estão ligadas, devem ser pessoas que ao olharmos para eles, a primeira ideia que nos vem à cabeça é o carnaval.

Como Rei do Carnaval da Nazaré de 2016, o que posso prometer a todos os foliões do carnaval, é que tudo irei fazer para dignificar e representar o Carnaval da Nazaré com a mesma humildade e dignidade que me tem acompanhado ao longo da minha vida. Tentaremos elevar a fasquia para que o Nosso carnaval seja o melhor carnaval do país, sem perder as nossas raízes e as nossas tradições. Um forte e especial abraço a todos os nazarenos espalhados pelo mundo, em especial aos que se encontram no Canadá.

Venham visitar a Nazaré e deixem-se envolver por esta paixão que é muito nossa que é o Carnaval Nazareno.

Bom Carnaval a todos.

Na próxima edição do Região da Nazaré, entrevista com Armanda Hilário, Rainha do carnaval da Nazaré 2016.

www.carnavaldanazare.pt

facebook/carnavaldanazare.pt

#carnavaldanazare

PROGRAMAÇÃO DO CARNAVAL 2016

23.DE JAN. – Abertura da Exposição do Carnaval, às 15h00, no Centro Cultural da Nazaré

24 E 31 DE JAN. – Bailes de Rua, na Praça Sousa Oliveira

30.DE JAN. – Sábado Magro. Cegadas e Brincadeiras, Centro Cultural da Nazaré

03.DE FEV. – S. Brás

05.DE FEV. – Carnaval da Criança, 15h00, desfile pela Marginal

06.DE FEV. – Desfile Noturno, às 22h30, na Marginal

07.DE FEV. – Passagem de Testemunho dos Reis, às 11h00, no Paço Real. Desfile, às 15h00, Marginal

09.DE FEV. – Desfile de Carnaval, às 15h00, Marginal

10.DE FEV. – Enterro do Santo Entrudo, às 17h30, Marginal

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