Q

Previsão do tempo

22° C
  • Sunday 24° C
  • Monday 23° C
  • Tuesday 23° C
24° C
  • Sunday 25° C
  • Monday 25° C
  • Tuesday 23° C
23° C
  • Sunday 23° C
  • Monday 24° C
  • Tuesday 23° C

Memórias e reflexões de Laborinho Lúcio no livro “A Vida na Selva”

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
“A Vida na Selva”, uma viagem às memórias e histórias de Álvaro Laborinho Lúcio, que se confundem por entre lembranças de infância e palestras de autor, depois de uma carreira dedicada à magistratura e à política, foi apresentado, no passado sábado, dia 06 de abril, na Biblioteca Municipal José Soares. Foi o título de uma […]

“A Vida na Selva”, uma viagem às memórias e histórias de Álvaro Laborinho Lúcio, que se confundem por entre lembranças de infância e palestras de autor, depois de uma carreira dedicada à magistratura e à política, foi apresentado, no passado sábado, dia 06 de abril, na Biblioteca Municipal José Soares.

Foi o título de uma redação da escola que deu origem à recolha de crónicas e textos literários, compilados, agora, num livro, que aproximam o escritor dos leitores, resultando na nova obra do antigo ministro da Justiça e juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal, onde se aborda a vida do passado, do presente e do futuro.

“A Vida na Selva pode ser lida como uma espécie de autobiografia”, explicou o escritor à audiência, mas aponta, também, para “desejos de uma sociedade mais dialogante”. Numa das duas partes, que compõem o livro, como disse Laborinho Lúcio, é expressada a opinião sobre a atual Constituição, para quem, no momento oportuno, pode vir a ser

benéfico revê-la, a bem de uma justiça mais democrática e mais completa.

O autor presenteou os ouvintes com a leitura de um excerto da sua mais recente obra, para exemplificar do que fala esta publicação da Quetzal Editores.

“Na primeira vez que nasci havia guerra. Na minha terra havia fome. As pessoas dividiam-se em pés-descalços e pés-calçados. Os miúdos descalços vestiam camisola de escocês esfiapado e os mais pequenitos andavam nus da cintura para baixo. Eu usava calções. Quando chegou o tempo de aprender a ler, escrever e contar, o meu pai mandou-me

para a escola dos pés-descalços. Aí, ao princípio, nascia todos os dias um bom bocado. Logo na estreia, regressado a casa, minha mãe, que me queria na escola dos meninos calçados, horrorizou-se ao ouvir as minhas queixas:

Os menines dezerem que eu sou panelero.

– Logo o meu pai acorreu em socorro de ambos, autorizando-me a levar, no dia seguinte, a bola de catechu, chegada de Lisboa, novinha em folha. Fui de calça comprida com o esférico debaixo do braço. Foi diferente o regresso ao seio da família:

– Mãezinha! Os menines já gostem de mim. E já não sou panelero.

Eram os novos amigos. Ainda hoje muitos deles o são”.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

“Os Nazarenos” um século de vida. 100 Anos de muitas histórias

Atualidade: 0 GDN está de parabéns, 3 de Setembro de 1924 a 3 de Setembro de 2024. Nesta data, nascia o Grupo Desportivo "Os Nazarenos". Um clube com uma mística única, de uma raça e querer que sempre foi o ADN dos habitantes desta vila piscatória. Reza a história...

O Velhinho mitico e extinto campo Pelado. FOTO DR

Fábio Porchat vai atuar no CCC

O comediante brasileiro Fábio Porchat vai atuar, a 6 de outubro, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, no âmbito da sua digressão por Portugal.

pochat

Primeiras colheitas de Maçã de Alcobaça indicam quebra de 30%

As primeiras colheitas de Maçã de Alcobaça indicam menos 30% de produção do que num ano normal – algo que o presidente da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça, associa às alterações climáticas. Goradas as expectativas de recuperação das quantidades perdidas...

macas