Receitas do IMI subiram 11% Paulo AlexandreA maioria PSD na Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) aprovou o Relatório de Contas de 2008 do executivo e dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS).A autarquia obteve 29,7 milhões de euros de receitas, 5,8 milhões dos quais resultam da colecta do IMI (que subiu 11% em relação a 2007) e apenas 500 mil euros da Derrama (metade do valor obtido em 2007).Por outro lado, e em termos de activos, o património do Município está agora avaliado em 100,7 milhões de euros, mas o inventário final dos bens adquiridos ainda não está totalmente fechado.O endividamento baixou dos 31% para os 28% , taxa que permite aomunicípio de Alcobaça utilizar uma margem de 72% face ao plafond de 27,4 milhões. A dívida a curto prazo situou-se em 2008 nos 14 milhões de euros, quando em 2005 estava nos 11,5.

Os compromissos assumidos não pagos aproximaram-se dos 20 milhões de euros (19,8), sendo, actualmente, os maiores credores da Câmara as empresas SUMA, RESIOESTE e a Costa & Carvalho.As dívidas à banca diminuíram 519 mil euros, situando-se, agora, nos 12,4 milhões, um valor que representa 56% do plafond estabelecido legalmente.As Grandes Opções do Plano tiveram uma taxa de execução de 47% , as funções sociais ficam-se pelos 50% , os Serviços Auxiliares do ensino nos 64% e a Habitação atingiu os 84% .Apenas 42% do Plano Plurianual de Investimentos foi executado, o que significou um investimento de 11,2 milhões de euros. O presidente da Câmara assume a «responsabilidade política» desta taxa de execução argumentando que se baixasse nas previsões teria de haver constantes rectificações o que, acrescentou, «acontecia com relativa frequência durante a gestão socialista».A descida da taxa de endividamento do município é um dos pontos de relevância deste relatório, que se situa nos 28 por cento, resultado da «poupança interna e externa», segundo explicou o presidente da Câmara, Gonçalves Sapinho.Quanto às contas dos Serviços Municipalizados, o relatório mostra que os SMAS tiveram uma receita que superou os 6,5 milhões de euros (6,696), embora ficasse longe dos 12,489 inicialmente previstos pelos técnicos e políticos. Pagando as despesas, que foram de 6,643 milhões de euros, os serviços obtiveram um saldo líquido positivo na ordem dos 200 mil euros. O autarca classificou estes resultados como a consequência de uma “gestão equilibrada”.A taxa de execução dos SMAS ficou-se pelos 54% , em parte «devido aos atrasos dos apoios do QREN», segundo Gonçalves Sapinho, adiantando que os SMAS têm prontos «grandes projectos», para as zonas da Benedita e São Martinho do Porto, que arrancarão logo que forem disponibilizados os fundos comunitários.Ainda segundo o relatório de 2008 dos SMAS, os 29.192 consumidores do concelho de Alcobaça gastaram 3,153 milhões metros cúbicos de água.De acordo ainda com o relatório oficial, os SMAS deviam a 31 de Dezembro de 2008, 3,424 milhões de euros à empresa Águas do Oeste, com quem Alcobaça mantém um diferendo.A contrastar com a posição optimista das contas apresentadas pelo PSD, o vereador do PS, Daniel Adrião, afirmou que estas mostram o «nível de estagnação a que chegou Alcobaça», reforçando, ainda, que os «compromissos assumidos e não pagos já superam os 19 milhões de euros».Por sua vez, a CDU, que também votou contra os relatórios da Câmara e Serviços Municipalizados, que irão à Assembleia Municipal desta quinta-feira, 30 de Abril, voltou a falar do aumento da dívida, da redução das receitas e da baixa taxa de execução.O vereador e candidato da CDU elogiou, contudo, a redução da taxa de endividamento do executivo camarário, que desceu para 28% .