Os vereadores eleitos pelo PS na Câmara de Alcobaça fizeram o balanço de 60 reuniões de Câmara e chegaram à conclusão que a liderança social-democrata continua emperrada, sem engenho nem arte para apresentar novas ideias para o concelho.
“Estamos desapontados com esta maioria PSD”, dizem os socialistas, que falam, ainda, preocupação “porque ao fim deste tempo ainda não percebemos o que quer esta maioria, não conseguimos vislumbrar ideias novas, sentimos um Presidente isolado, sem forças e sem apoios para cumprir o seu programa eleitoral, com uma equipa de vereadores desinteressados e nada audazes”.
O PS, na oposição da Câmara, acusa a governação de começar a “apresentar sinais de descontrolo e desorientação, que teima em não querer discutir projetos estratégicos para o município, limitando-se a cumprir serviços mínimos, a constituir cargos e colocações de promessas antigas, a distribuir milhões de euros em subsídios, muitos sem critério e sem objetivos estratégicos”.
Os vereadores lamentam que o PSD tenha rejeitado discutir regulamentos que consideram estratégicos para o município, entre os quais a Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB), pavilhão multiusos de Alcobaça, apoios ao desporto e cultura, mobilidade e transportes escolares, apoios sociais, ou a reabilitação urbana, entre outros.
A rejeição das propostas referentes ao regimento das reuniões de Câmara para uma maior transparência da gestão autárquica, das medidas para a eficiência energética, gestão e poupança da água, a isenção do IMI às associações, a proposta táxi ‘saúde+65’, o alargamento do CHITA, o transporte gratuito para os alunos, o investimento no saneamento, a falta de internet nas escolas e espaços públicos são outras falhas apontadas à governação de Herminio Rodrigues, porque são tidas como contributos para “o desenvolvimento do nosso território e para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes de Alcobaça”.
A oposição socialista diz, ainda, que o atual começa a dar sinais de “não estar à altura dos enormes desafios que o concelho tem pela frente”.
Caso tivessem sido eleitos, os socialistas acreditam que as suas propostas, apresentadas à maioria que governa, “teriam motivado o investimento e desenvolvimento, contribuído decisivamente para a eficiência energética e poupança de água, impulsionado a recuperação e reabilitação urbana, a melhoria das condições das escolas e da vida dos alunos com infraestruturas de rede de internet e transportes gratuitos para todos os alunos, não teríamos descurado os apoios sociais aos carenciados, aos idosos, aos bombeiros e aos voluntários e potenciado a participação das freguesias através de uma verdadeira autonomia administrativa e financeira e das associações com politicas de apoio claras na distribuição criteriosa de subsídios ao desporto, cultura e apoios sociais e não teríamos esquecido os colaboradores da CM e dos SMAS a quem queremos proporcionar a sua valorização profissional e pessoal”.
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