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Poluição no Casal da Areia provocada por fábrica de Pellets

Paulo Alexandre

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Uma das mais recentes fábricas instaladas na zona industrial do Casal da Areia, a Pelletsland, está a ser acusada de provocar poluição sonora e ambiental, e de retirar qualidade de vida a quem ali mora.

Populares e empresários vizinhos da fábrica queixam-se da contínua produção da nova fábrica, que responsabilizam por prejuízos, poluição e mau estar.

Ilda Machado, moradora no Casal da Areia, explica que os moradores mais próximos da fábrica são incomodados com “a poluição sonora e ambiental excessiva”.

“De noite, a qualidade do sono fica comprometida. De dia, é a saúde de quem ali mora que fica comprometida, devido às poeiras que andam pelo ar”, afirma.

Os pellets de madeira que se produzem na fábrica são um tipo de lenha para aquecimento, geralmente produzidos a partir de serragem ou serradura de madeira refinada e seca que depois é comprimida, fazendo granulados cilíndricos com 6 a 8 milímetros de diâmetro, com 10 a 40 mm de comprimento.

Já Francelina Fulgêncio, outra moradora do Casal da Areia incomodada com aquela empresa, responsabiliza a fábrica por provocar “de alergias respiratórias” em alguns moradores mais sensíveis.

O filho já necessitou de cuidados médicos devido a uma “alergia provocada pelo pó da serradura que anda pelo ar e se instala por toda a parte”, lamenta.

A poluição ambiental visível pelo chão e junto dos locais de escoamento de águas de fábricas vizinhas também está a causar apreensão junto dos empresários locais.

Jorge Barreiro, dono de uma das empresas instaladas no Casal da Areia, queixa-se das poeiras que forçam a limpezas mais frequentes, e do entupimento do escoamento de águas no telhado dos pavilhões.

“É complicado estar aqui a trabalhar e, de repente, entrar fumo e serradura, dependendo do vento. Quem é que paga os prejuízos? Eu é que tenho de limpar o que é dos outros naquilo que é meu?”, questiona o empresário.

O presidente da Junta de Freguesia de Cós, Álvaro Santo, admite a necessidade de serem tomadas medidas preventivas face aos problemas causados pela nova fábrica, reconhecendo que “as queixas de moradores e empresários vizinhos da nova fábrica têm sido cada vez mais frequentes”.

“A Junta de Freguesia pouco mais pode fazer do que apelar a novas obras no perímetro da fábrica, de modo a ser recuperada a qualidade de vida que os moradores tinham antes da sua existência”, explica o autarca, frisando que “uma fábrica que custou tanto dinheiro, não irá à falência por fazer um pequeno investimento de isolamento”.

Entretanto, na última reunião de Câmara de Alcobaça, o presidente da autarquia, Paulo Inácio, informou o executivo que a empresa Palletsland se debate com “a falta de matéria-prima”, adiantando, sobre os problemas de ruído de que se queixam os moradores, que “uma das medidas de solução pode passar pelo condicionamento de uma máquina e eventual aumento da chaminé em um ou dois metros de altura”.

Da parte da empresa, não foram adiantadas explicações sobre este problema sonoro e ambiental devido à ausência da administração para férias.

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