Estes são os factos e esta é a história que temos e que podemos analisar. Sempre que a CDU se reforçou na Assembleia da República a vida dos portugueses avançou rumo a melhorias significativas. O contrário também tem acontecido. Sempre que a representação da CDU diminui é a vida dos portugueses que, de dia para dia, se vai deteriorando nas suas mais diversas dimensões.
Bem, afirmar que todos os portugueses, num quadro de menor representação parlamentar das forças que compõem a CDU (PCP, PEV e Intervenção Democrática) veem a sua vida a definhar também pode ser excessivo. Para colocar rigor nas palavras é melhor afirmar que todos aqueles que vivem do seu trabalho, os que trabalharam uma vida inteira e vivem da sua pensão ou da sua reforma, os micro, pequenos e médios empresários, os jovens estudantes, os jovens casais que não têm casa para viver, os idosos que são expulsos de casa onde viveram toda a vida, os que não têm os seus direito à mobilidade assegurada pela falta de investimentos em transportes públicos, todos os que não têm possibilidades de suportar o negócio da doença nos grupos privados, os profissionais da Educação, da Cultura, da administração pública, das forças se segurança, estes sim, com o enfraquecimento da CDU têm visto a sua vida como um peso que têm que suportar.
Enquanto isto, os lucros astronómicos das grandes multinacionais, da banca à energia, da grande distribuição às telecomunicações, atingem lucros astronómicos. Neste mesmo tempo em que se acha normal ver os trabalhadores e o povo afundarem-se na mais severa pauperização de que lhes é imposta.
Este é o cenário que o PS, com a maioria absoluta, quis aprofundar e que pôde sempre contar com o PSD, IL e Chega para chumbar as proposta do PCP que poderiam realmente aliviar a vida dos portugueses e das micro, pequenas e médias empresas.
Vejam-se as questões que se prendem com o aumento dos salários e pensões num quadro de inflação galopante, um tratamento mais favorável ao trabalhador como é a contratação coletiva, a recuperação do tempo de serviço dos professores, a banca a pagar a subida dos créditos à habitação, a descida do IVA para eletricidade, gás e telecomunicações, o fim dos benefícios fiscais para não residentes – em tudo isto, com o seu voto contra, alinharam-se PS, PSD, Chega e IL.
No mesmo quadro socioeconómico e político, avançam as forças reacionárias, o fascismo, a extrema-direita que, com absurdos, mentiras, falsidades, apelos à violência, ao racismo, à xenofobia ou à homofobia, tentam lançar o país num caos com consequências difíceis de antever.
Portugal já mergulhou durante longos 48 anos no fascismo. Sabemos da experiência. Sabemos as causas e as consequências para todo um povo. Sabemos também quem a combateu de forma determinada, organizada e consequente – o PCP, que continuará a travar as políticas de direita, tenham elas os rostos, as formas ou as cores que tiverem.
Foi assim no fascismo. Foi assim na construção do Portugal democrático. Foi, e é assim, na luta pelo cumprimento da Constituição da Républica (tantas vezes violada). Foi, e é assim, porque não nos conformamos com a erosão da nossa soberania nacional. Foi assim em 2015 quando indicámos o caminho ao PS para romper com o infernal ciclo de destruição do país pelas mãos de PSD, CDS e onde estavam integrados os que hoje prometem tudo aos que tudo roubaram neste obscuro tempo da troika – Chega e IL – estavam lá todos a apoiar cortes nos salários, pensões, reformas, roubo dos feriados, alargamento dos horários de trabalho para as 40 horas semanais na administração pública, por entre outros duros golpes para a nossa população.
Foi assim no negro período da Pandemia, onde, com medidas responsáveis e uma postura determinada, demonstramos como se combatia e medo e era possível continuar a viver. Um quadro onde, direitos liberdades e garantias foram atentados e não o foram mais profundamente porque este Partido Comunista Português se bateu com a força necessária para impedir mais, e mais complexos, quadros de exploração do nosso povo.
No fundamental, é por isto, é por esta postura combativa, determinada e responsável que tentam, por todas as formas e os meios neutralizar o PCP e a CDU, como se isso fosse possível!
A Força da CDU, após 2015, impos um novo rumo ao país, de recuperação de direitos, de salários, de pensões – daquilo que tinha sido roubado e que muito achavam, incluindo o PS, impossível de reverter. O país melhorou. A vida dos portugueses avançou. Através de proposta apresentadas pelas forças da CDU foi possível ter manuais escolares gratuitos, creches gratuitas, passes dos transportes a custos reduzidos, descida do Iva para a restauração, medidas sociais de proteção aos sócios gerentes no período pandémico, entre muitas outras.
No plano do Distrito de Leiria a CDU tem um compromisso eleitoral que visa dar respostas integradas ao desenvolvimento do território e à defesa dos interesses das suas populações, e aqui fica o desafio para que todos o possam consultar para melhor decidir, não desperdiçando o voto individual que tem impactos na vida de todos.
A CDU tem vindo a fazer uma enorme campanha de esclarecimento sobre o que está realmente em causa nestas eleições legislativas: estamos a eleger não o primeiro-ministro, mas a eleger 230 deputados à Assembleia da Républica. Da correlação de forças que daí resultar vai sair um governo que determinará as políticas que terão impacto no nosso futuro coletivo. Destes 230 deputados, 10 são eleitos pelo círculo eleitoral de Leiria. A CDU, mesmo sem deputado eleito na última legislatura, apresentou, em termos comparativos, mais propostas e intervenção sobre o Distrito do que todas as outras forças com deputados eleitos pelo Distrito – PS, PSD e CHEGA. É hora, portanto, de eleger deputados pela CDU para defender o povo e os trabalhadores deste Distrito.
Sendo este um semanário que cobre a região de Alcobaça e Nazaré, e sendo eu da Nazaré, como primeiro candidato da CDU por Leiria, representando uma lista repleta de homens e mulheres profundamente ligados à realidade do Distrito e presença permanente nas múltiplas lutas em sua defesa, é um enorme orgulho dar continuidade ao trabalho que nos diversos planos temos vindo a desenvolver, sempre com o mesmo desiderato – dar voz a quem não a tem, lutar pela valorização dos trabalhadores e do povo, bem como pelo justo desenvolvimento da Nazaré, da região, do Distrito e do País.
Por todo o trabalho feito, é fundamental reforçar, no dia 10 de março, a CDU!
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