O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) aceitou, nos últimos três anos, a pretensão de pelo menos 16 antigos clientes do Banco Português de Negócios (BPN) sobre a recuperação, na totalidade, da quantia que, há mais de uma década, investiram, alegadamente ao engano, em obrigações emitidas pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN) e pelas quais receberam, até 2015, juros.
Segundo avança o JN , o pagamento terá, nos casos em que a decisão transite em julgado, que ser assumido pelo EuroBic – novo nome do banco (BIC) que, em 2011, comprou o BPN, nacionalizado pelo Estado quatro anos antes. Os valores devidos a cada lesado variam entre os 50 mil e os 550 mil euros.
Para António José Henriques, presidente da Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Clientes do BPN, “é uma decisão positiva, mas está muito longe de ser uma boa noticia”.
O alcobacense afirma que “este processo se arrasta há mais de dez anos, e não se sabe quantos mais ainda irá durar, mas há uma certeza fez desaparecer as poupanças e arruinou a vida de muitas pessoas”.
A decisão do Tribunal da Relação de Lisboa é “um sinal de esperança”, mas “infelizmente não é o fim do processo”, sublinhou António José Henriques.
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