“O grande desafio, e no qual nos temos envolvido junto dos agentes políticos, é o tema das eventuais alterações climáticas e o impacto na nossa região e na nossa atividade”, disse o dirigente e entrevista ao Jornal Económico.
De acordo com Jorge Soares “menos de 10% da água de rega dos pomares vem de obras públicas, ao contrário de qualquer região produtora de alimentos da Europa mediterrânica, enquanto mais de 90% vem do esforço individual de cada fruticultor, o que se traduz numa ineficiência generalizada da região e no único aspeto produtivo menos racional”.
A Associação recorda quem “sem água, não há vida, nem há produção de alimentos, e da água que se utiliza na agricultura nenhuma é consumida, apenas utilizada e devolvida à natureza e ao planeta em formas mais saudáveis (alimentos) e em água mais limpa (vapor de água)”.
Os dados da Associação indicam que 98% da água usada apenas na rega agrícola, é apenas usada para as fruteiras viverem a primavera e o verão, transpirando pelas folhas para se manterem vivas ao efeito do sol e consequentemente para protegerem e produzirem os alimentos que saciam a humanidade.
Como solução, defende-se a construção de armazenamentos de água que possam ser usadas todo o ano dando resposta em anos mais secos.
“Somos defensores de uma obra pública à dimensão de toda a região Oeste que permita continuar a fazer agricultura, consequentemente fruticultura racional e de precisão. Isto é, produzir alimentos com dignidade, pagando a água como é evidente”.
Alqueva é, hoje, um exemplo de revitalização da agricultura e de renovação de uma região agrícola.
“A região Oeste precisa e merece uma obra semelhante no princípio de gestão do recurso público água, mas com investimento de apenas de pouco mais de 20% daquela grandiosa obra do País”.
A Associação aponta a forma como se poderá assegurar recursos de rega na Região
“Tal é possível a partir do rio Tejo. Não será mais do que o Oeste receber do rio Tejo parte da água que o rio Tejo vem buscar ao Oeste”.
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