“A revolução dos Cravos foi também a base do relançamento do poder autárquico democrático em Portugal”, disse Walter Chicharro, no seu discurso sobre a data, frisando que “nem tudo correu bem” nestes mais de 40 anos de regime democrático, nomeadamente ao nível da participação dos cidadãos, em especial nos atos eleitorais, de onde os eleitores estão cada vez mais afastados.
O autarca falou na urgência da credibilização da política e dos responsáveis por cargos políticos através, designadamente, do cumprimento das promessas eleitorais e da governação de proximidade.
“A Nazaré reduziu a sua dívida em mais de onze milhões de euros. Isto apesar de ter feito um enorme esforço financeiro para concluir a ALE em Valado dos Frades, o Car Surf, ou a requalificação de diversos espaços públicos em todo o concelho”, disse, salientando, em seguida “é importante que se entenda que 45 milhões (dívida transitada da gestão anterior) não se pagam em três anos e meio. Será necessário, seguramente, mais uns anos de gestão socialista, para que a situação estabilize”.
O autarca destacou ainda que “hoje temos em fase de lançamento obras que a maioria pensava não passarem de promessas como é o caso do Centro de Saúde ou do Centro Escolar de Famalicão. É assim que se devolve a credibilidade à democracia e ao 25 de abril. Prometendo apenas o que se pode fazer”
Por sua vez, o presidente da Assembleia Municipal, José Ramalhal, lembrou que “o 25 de abril trouxe-nos a palavra, a possibilidade de dizermos tudo. Mas essa liberdade leva-nos a ter que ouvir insinuações ou faltas de respeito”.
“Falamos muitas vezes da participação e vontade participativa. Ser eleito e não cumprir os lugares de eleitos, será razoável de acontecer?”, questionou o responsável pela Assembleia Municipal que terminou a sua exposição sobre a data com um apelo: “há muito para refletir sobre o 25 de abril”.
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