Motivação da candidatura
O candidato confessa que a sua participação para ser eleito presidente deve-se ao facto de esta ser a sua terra e porque sempre esteve atento “ao percurso feito durante 20 anos de poder que levaram à degradação a que a Nazaré chegou, com uma dívida monstruosa deixada aos munícipes”.
“A única coisa que prometemos é trabalho e fazer com que as pessoas participem na vida ativa do município”, revela Joaquim Piló, considerando ser algo fundamental para o desenvolvimento do concelho.
Porto de pesca mal feito
O bloquista refere que “a pesca foi sempre um setor mal-amado dos governos durante todo este tempo” ironizando o facto de isto acontecer “com um povo que é o segundo maior consumidor de peixe do mundo”.
Segundo o candidato, tanto ele como os próprios pescadores, são da opinião de que o porto da Nazaré “está mal feito desde o início”. Aquilo que defende é que “devia ser um porto de pesca e um pequeno porto comercial, mas, infelizmente, em Portugal fazem-se obras para hoje e não para o futuro”.
“Com fábricas na Marinha Grande, Alcobaça e Leiria isto podia ser uma mais-valia para o desenvolvimento da Nazaré, uma vez que esta poderia ser um pequeno porto comercial”, mas acrescenta que fazer uma transformação “é muito complicado, porque o Estado não tem dinheiro“.
“Tem de haver subsídios para fazer embarcações novas”, diz o candidato, apelando aos pescadores para que “se revoltem e exijam melhorias ao governo”.
Joaquim Piló critica o facto de Cavaco Silva ter sido “um dos obreiros da destruição da frota nacional, em que a pesca foi a moeda de troca para fazer estradas”, acusando-o de ter derrubado “60% da frota nacional”.
Revela ainda que “os pescadores que trabalham por contra de outrem são os que mais sofrem” e nos dias de hoje, segundo o candidato, veem-se muito reformados a trabalharem por conta própria “porque a reforma deles é miserável”.
PAEL como medida de austeridade
Quanto ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), Joaquim Piló revela que é contra e acredita que este vai causar ainda “mais despedimentos e salários mais baixos”.
“Vão pedir aos cidadãos para pagarem a dívida da qual não são culpados”, adverte. Uma dívida de mais de 40 milhões de euros alimentada durante 20 anos por esta “troika chamada PAEL”, vai deixar a Câmara Municipal “atada de pés e mãos”, desse modo, se chegar a ser eleito presidente da Câmara da Nazaré, Joaquim Piló divuga que a primeira coisa que vai fazer é “uma auditoria às contas da Nazaré para saber como se gastou, onde se gastou e o que se fez com este dinheiro que provocou a dívida“.
“Se houver um problema em que a Câmara não possa pagar uma prestação, automaticamente ficará sem todas as verbas que os municípios têm direito e é um problema grave que se tem de resolver”, conclui o candidato em relação à questão do PAEL.
Formas de intervenção para o combate ao desemprego
Joaquim Piló frise que o desemprego é um “flagelo gravíssimo no nosso país”, acrescentando o facto de ser um problema nacional em que “se não houver mudanças, o que ainda está para vir vai aumentar mais a miséria”.
Um dos seus objetivos no concelho da Nazaré será o de dar apoio, na área escolar, tanto a nível de cantinas como de manuais, “a famílias que tenham graves problemas financeiros” e também “alterar a forma como é feita a venda de pescado e explorar o mar em todos os sentidos, como por exemplo, na vela e na forma de promover o turismo”.
O candidato do BE afirma que “a população tem de dar um cartão vermelho ao PSD porque eles vão continuar com mais desemprego, miséria e aumento do custo de vida”.
Apelo ao voto
O candidato manifesta o interesse em resolver o problema da falta de dinheiro e afirma que a melhor maneira disso acontecer é “discutir com o governo um plano de ajustamento”.
“Temos de obrigar o governo a mudar e o BE faz propostas nesse sentido. Estamos do lado dos cidadãos e apelamos às pessoas que, quando chegar a hora de votar, façam uma análise profunda destes 20 anos de governo do PSD”, conclui Joaquim Piló.
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