Hão de sentar-se à mesma mesa e tomar decisões importantes para as nossas vidas, que desde a revolução de abril têm sido muito mal geridas pelos partidos de maior expressão eleitoral: PS e PSD.
Tem razão o presidente. Quem o escreveu, que o leia, que é como quem diz: quem assinou o memorando que se chegue à frente e garanta que os mercados não desconfiem de nós, que as bolsas não caiam ainda mais e que o resto da Europa nos empresta mais dinheirinho, enquanto não pagarmos os “calotes”.
O problema é que os ditos senhores estão mais preocupados com o seu umbigo político do que com o bem da nação. Cada um deles faz lembrar o rei francês Luís XIV que dizia “O Estado sou eu”. Bem, há quem ainda não seja Estado, mas queira tanto sê-lo, que até já se dá ares de majestade e se põe em bicos de pés, pondo-nos a nós em “estado de sítio”.
Aqui pela nossa região, as reuniões entre os “maiorais” parecem estar a acontecer antes mesmo das eleições: há quem fale de encontros à porta fechada entre alguns líderes para dividir os tachos e as panelas que sobrarem depois do verão, contando com os ovos ainda dentro da galinha.
Talvez por estar ao abandono desde há muito, a nossa terra só produz “fenómenos” políticos de qualidade duvidosa: falam muito, não fazem nada; prometem muito, não cumprem nada; projetam muito, não acabam nada…
Se o sr. presidente da República descobre essas reuniões, ainda é capaz de fazer destes políticos de província um exemplo para os que são e os que querem ser governo: em vez de dialogar depois, dialogam antes, tecendo acordos que a todos trarão proveito… a todos, menos à população.
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