Acontece que, muito do jornalismo que hoje existe, regra geral, não é feito por jornalistas. É feito por guionistas de novela mexicana travestidos de jornalistas. Para os quais a notícia deixou de ser o mais importante, passando a ser fundamental a suspeição, a intriga e o mexerico. O que transformou o jornalismo neste espectáculo permanente de devassa, de sensacionalismo e mistificação.
A liberdade de imprensa não é, não pode ser esta ignomínia, esta vileza de exposição pública da privacidade das pessoas, de toda e qualquer pessoa. Cuja inviolabilidade está, inclusivamente, garantida pela Constituição. Sejam quais forem os argumentos, as motivações ou os pretextos que invoque. Porque a liberdade de imprensa, num Estado de direito, não reivindica para os jornalistas o estatuto de marginais, criminosos, foras-de-lei ou inimputáveis. Por muito que as audiências o reclamem e os interesses o justifiquem!…
0 Comentários