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Serviço de urgência teve de pedir reencaminhamento de doentes para outros hospitais

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

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Durante alguns dias na semana passada os doentes que deram entrada no serviço de urgência do hospital das Caldas da Rainha foram reencaminhados para outros estabelecimentos de saúde no país por falta de resposta de meios humanos e materiais para acolher os casos emergentes.

Quando há necessidade de uma intervenção mais intensiva, nas situações mais graves, é habitual os doentes, após assistidos, serem levados para outras unidades hospitalares, mas o que aconteceu durante um período foi o desvio automático, sem que chegassem a ser observados nas Caldas.

O conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) revelou que a urgência médico-cirúrgica da unidade das Caldas da Rainha desde o feriado de 5 de outubro esteve “muito congestionada”, pelo que foi solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que gere os meios de socorro, para que não encaminhasse doentes críticos para este serviço.

Os doentes, de acordo com a gravidade da situação, iriam ser encaminhados para outras unidades hospitalares de referência, todas localizadas a mais de cinquenta quilómetros de distância.

No entanto, a administração hospitalar assegurou que todos os doentes que se dirigissem diretamente ao serviço de urgência seriam atendidos, uma vez que o serviço não estava encerrado mas sim com a capacidade cheia. Depois, poderiam ser transferidos.

O aumento da procura da urgência deveu-se a diversas patologias, não estando relacionada com a pandemia de Covid-19, e provocou uma “situação complicada”, pois a afluência à urgência de doentes não-Covid estava “completamente saturada, sem capacidade para internar os doentes, porque temos o internamento sobrelotado”, revelou a administradora do CHO, Elsa Baião.

De acordo com a responsável hospitalar, este problema, a par com o atraso nos trabalhos na obra de ampliação da urgência, suspensa devido à pandemia, está a “dificultar o planeamento dos circuitos Covid e não-Covid”.

Esta situação poderá também vir a afetar a urgência pediátrica durante o inverno, altura em que normalmente há uma procura elevada e onde este ano se prevê uma maior exigência para distinguir muitos casos em que os sintomas se confundem com a Covid-19.

Deputados questionam ministra

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria apresentaram no dia 9 de outubro, na Assembleia da República, um requerimento em que questionam a ministra da saúde sobre a sobrelotação do serviço de urgência da unidade das Caldas da Rainha do CHO.

“Nos últimos meses tem sido crescente o número de relatos de situações em que a sobrelotação e a escassez de recursos humanos do serviço de urgência têm posto em causa o atendimento dos utentes do Serviço Nacional de Saúde que residem naquela região”, manifestam os deputados, coordenados por Hugo Oliveira, das Caldas da Rainha.

Segundo apontam, “tal foi o que sucedeu, por exemplo, e de forma reiterada, com o atendimento da valência de

ortopedia em caráter de urgência da unidade das Caldas da Rainha, que teve de passar a ser assegurado pela Unidade de Torres Vedras. Mas também o serviço de urgência médico-cirúrgica tem estado transitoriamente incapacitado de receber doentes urgentes/emergentes, por sobrelotação, o que acarretou inclusivamente a retenção de macas de bombeiros e obrigou ao redireccionamento e encaminhamento das situações para outras instituições”.

Por outro lado, fazem notar, “as obras de remodelação e ampliação do serviço de urgência já deveriam ter terminado há cerca de um ano, levando a uma sobrelotação que fere os mais nobres princípios de dignidade daqueles que “desesperam” durante horas e ou dias em macas nos corredores”.

Os social-democratas questionam a ministra se o governo tem conhecimento da situação de sobrelotação do serviço de urgência, que medidas tenciona adotar para aumentar a capacidade de atendimento daquele serviço e em que prazos, qual é o reforço de pessoal necessário e para quando está previsto, e qual a data de conclusão das obras de remodelação e ampliação da urgência.

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