A pesca estava a correr mal para a embarcação Afrodite e o mestre resolveu abandonar o local onde se encontrava para se dirigir para duas milhas da costa, na zona da Ericeira. E de um momento para o outro a sorte mudou.
“É a pesca de uma vida. Acontece uma vez. É mesmo sorte. É estar no sítio certo à hora certa e ter a felicidade disto acontecer”, contou Luís Santana, mestre da traineira Afrodite.
O que torna esta pescaria pouco vulgar é a quantidade de corvina apanhada. Um cardume que deu espetáculo no porto de pesca de Peniche. “É pela quantidade da mesma espécie. É um cardume enorme e este peixe todo junto quando se mostra é um espetáculo inédito. É qualquer coisa de anormal”, sublinhou.
E esta surpresa agradável, vai ser muito rentável agora que se entra no período de defeso da sardinha, interdita pescar. “Estamos a fazer 25% do rendimento de um grande ano”, fisou.
A comunidade piscatória partilha da alegria da tripulação da Afrodite. Quem já não vai ao mar também está feliz.
“Isto é um achado. Faz de conta que é o totoloto. Quando se vê um barco assim cheio de peixe é uma alegria””, manifestou José Joaquim, pescador reformado. ““É achar uma agulha num palheiro. Isto faz um ano bom. É uma grande sorte”, comentou Manuel Cadete, outro pescador reformado.
A corvina foi toda vendida, mas cada um dos 19 tripulantes da Afrodite teve direito a levar para casa pelo menos um exemplar, não só como recompensa extra mas também para recordar a pescaria invulgar.
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