A Volta a Portugal que arranca de Oliveira de Azeméis a 27 de julho e que passará no dia 5 de agosto pela Nazaré, conta com um investimento de 100 mil euros por parte dos doze municípios de forma a “ativar a marca Oeste”.
A realização de uma etapa completa pela região do Oeste é uma das novidades da 78.ª edição da Volta a Portugal, com partida marcada a dia 05 de agosto no Sitio da Nazaré e chegada a Arruda dos Vinhos.
Este penúltimo dia de competição visitará os municípios de Alcobaça, Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Lourinhã, Torres Vedras, Cadaval, Alenquer e Sobral de Monte Agraço, levando o pelotão a percorrer 208,5 quilómetros entre o Atlântico e a Serra de Montejunto.
Segundo Joaquim Gomes, diretor da prova, o penúltimo dia de competição da etapa “mais longa dos últimos cinco anos vai ser com certeza uma das etapas mais importantes da volta e vai corresponder às nossas expetativas”. Ainda elogiou a “beleza” do percurso do penúltimo dia de competição, que levará o pelotão a atravessar os onze municípios do Oeste.
Na etapa do Oeste serão discutidas três metas volantes (em Bombarral, Torres Vedras e Sobral de Monte Agraço) e três contagens de montanha (em Montejunto, Alenquer e Arranhó).
O diretor da prova também sublinhou que a “concretização desta etapa em pleno território”, com investimento de 100 mil euros por parte dos doze municípios, pode resultar “num retorno muito superior em termos diretos e indiretos”. Além disso, pode contribuir para o desenvolvimento da região e ainda aumentar o número de representantes “naquela que é a maior prova no ciclismo nacional”.
Já Delmiro Perreira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) defendeu que a realização da etapa da competição no Oeste deve continuar, pois “trata-se de uma região de excelência para o desporto”.
“A ligação das nossas provas a regiões bem organizadas para a prática de desportos de ar livre deve ser potenciada”, sublinhou o presidente da FPC, defendendo a ideia que a competição volte em anos futuros a contar com uma etapa completa na região Oeste.
“O Oeste vai continuar por muitos anos no percurso da Volta a Portugal”, frisou o dirigente.
O antigo corredor também reconheceu a “excelência” da região, onde os praticantes da zona de Lisboa podem participar e reconhecer turisticamente, entre as diversas zonas percorridas pela competição, “a marca Oeste como uma imagem muito forte”. Ainda desafiou a ideia de criar “regiões onde se deve fazer o turismo em bicicleta”, como uma oportunidade de negócio e formula de associar os dois elementos.
Pedro Folgado, presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oestecim) sublinhou o papel da região num mundo do ciclismo. “Uma região de fervorosos amantes do ciclismo e um berço de equipas e ciclistas de nomeada como o caso de Joaquim Agostinho, há muito já merecia”. Ainda salientou que a “Volta a Portugal trata-se de evento muito importante, que supera e muito a componente desportiva fazendo parte da matriz social, cultural e económica de Portugal”.
Segundo a organização da prova, desde a 1ª edição da Volta a Portugal já participaram na competição ao longo de quase 90 anos, seis concelho do Oeste com 65 presenças, entre as quais 16 partidas e 14 chegadas.
“A cidade Caldas da Rainha é uma das protagonistas mais assíduas da Região Oeste”, salienta a organização, acrescentando que logo na primeira edição, António Carvalho (Carcavelos) consolidou a liderança na chegada e foi consagrado vencedor da 1.ª Volta a Portugal em bicicleta, em Lisboa.
A Volta a Portugal arranca no próximo dia 27 de julho, em Oliveira de Azeméis com 18 equipas profissionais e termina a 07 de agosto, em Lisboa depois de 1.618,7 quilómetros percorridos pelo pelotão.
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