Vítor Neves, de 33 anos, residente em Oliveira de Barreiros, em Viseu, é técnico de manutenção de aerogeradores e estava a trabalhar na zona das Caldas da Rainha quando sofreu uma lombalgia devido ao esforço despendido.
Foi levado no dia 14 para o hospital. “Estava a tentar descansar e fui acordado por duas mordidelas. Quando olho para o corrimão ao lado da maca onde me encontrava deitado vejo mais duas baratas. No total eram cinco e matei uma, por instinto, com o telemóvel que tinha na mão”, relatou, desagradado com as condições de higiene.
A administração hospitalar garantiu que “são realizadas mensalmente ações de desinfestação e desbaratização por uma empresa de limpeza para acautelar a proliferação deste tipo de insetos”. Lamentando o sucedido e endereçando um pedido de desculpa ao utente, a administração revelou que no dia a seguir à comunicação do caso foi efetuada uma desinfestação e pedido à prestadora do serviço um “cuidado redobrado”.
Doentes com Hepatite C com processos em análise
Alguns dos 36 doentes com Hepatite C que estão a aguardar tratamento no CHO acusam a unidade de saúde de estar a demorar a analisar os processos para validá-los e encomendar o medicamento inovador que desde fevereiro deste ano já foi administrado a 4060 doentes a nível nacional após autorização pelo Infarmed, autoridade reguladora nacional que controla os medicamentos.
Uma das doentes, de 53 anos, residente nas Caldas da Rainha, manifestou a sua indignação por “saber que há a cura e não ter acesso ao tratamento”. “O conselho de administração bloqueou o tratamento validado pelo Infarmed. Estou à espera desde agosto. Se não me resolverem o assunto têm de me colocar noutro hospital onde os tratamentos têm início trinta dias após a validação”, declarou.
O PS das Caldas da Rainha emitiu um comunicado em que diz ter conhecimento de uma lista de cerca de vinte doentes do CHO que “continuam à espera, apesar do seu tratamento se encontrar devidamente autorizado pelo Infarmed”.
Os socialistas consideram esta situação “inaceitável” e exigem à administração do CHO “uma explicação pública e exaustiva sobre esta matéria, bem como que implemente a rápida solução que se impõe”.
A administração do CHO desmentiu e esclareceu que “tem estado a realizar todas as diligências necessárias para garantir que os doentes são tratados no tempo adequado”. “Encontram-se ao abrigo do programa de financiamento 44 doentes. Quatro estão a fazer o tratamento, foram autorizados a mais quatro e em fase final de aprovação estão outros sete. Os restantes 29 doentes estão ainda em validação nas diversas fases administrativas que estes processos obrigam”, revelou.
De acordo com a administração, “os doentes são inicialmente registados pelo médico prescritor numa plataforma, coordenada pelo Infarmed, sendo posteriormente efetuados vários procedimentos de avaliação, validação clinica e orçamental, por várias entidades, que termina com a encomenda do medicamento e início do tratamento pelo doente. Estes procedimentos têm prazos de validação diversos, que têm obrigatoriamente de ser seguidos”.
O CHO lamenta a “desinformação e alarmismo causado” acerca deste tema.
O vírus da hepatite C pode evoluir para doença crónica do fígado, cirrose e cancro do fígado, e ser fatal numa elevada percentagem de casos.
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