De acordo com o levantamento, as unidades crescem nesta altura do ano e a oferta de postos de trabalho acompanha o movimento.
“Mais de dois terços dos empregados neste setor são sazonais, mas orgulhamo-nos de ter observado, também, que já existe um conjunto alargado de profissionais de grande qualidade em funções nas unidades turísticas, e que se mantém em funções durante todo o ano, tal como essas empresas”, disse António Baião, do Sindicato.
Nalguns casos “foram detetados trabalhadores em situação de precariedade, sem receber o salário de tabela, mas que vieram atraídos para o setor, pelas possibilidades de gorjeta, que complementam o salário mínimo nacional que lhes é oferecido pela entidade empregadora”, acrescentou o sindicalista.
Ao contrário de Peniche, onde um elevado número de funcionários das unidades turísticas (hotéis, cafés, restaurantes, empreendimentos
turísticos) estão no posto de trabalho todo o ano, na Nazaré, “a maioria são jovens, na sua maioria estudantes, que trabalham apenas nesta época nas unidades turísticas”, acrescentou o dirigente sindical.
Para o sindicato, a melhoria de prestação de serviços por parte da Hotelaria e Similares na Região depende da aposta dos empresários na mão-de-obra especializada.
“Temos boas escolas de formação para este setor, mas muitas vezes as entidades patronais limitam-se a contratar uma mão-de-obra de custo baixo, esquecendo-se que estamos numa zona de grande afluxo turístico, visitantes que já procuram qualidade, e, também, que muitos dos nossos profissionais desta área têm que sair do país, em busca de trabalho”, acrescentou o sindicalista.
O turismo tem sido uma das áreas económicas do país a registar os melhores resultados financeiros nos últimos três anos, mas, e de acordo com o sindicato, isso não se tem refletido no maior bem-estar económico dos funcionários: “verificamos que continua a não haver distribuição de riqueza pelos salários dos trabalhadores”
Sindicato hotelaria Nazaré.
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