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Editorial

Ao povo que vai deixando de ser

Maria Clara Bernardino

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Um povo que não conhece a sua História, deixa de ter história. O caso do nosso país é crítico. Goste-se muito ou pouco do que se aprendeu nos bancos da escola, a verdade é que, segundo os entendidos no assunto, a História é cíclica e acaba por se repetir. Quem não a conhece, não sabe o que fazer mediante algumas circunstâncias e acaba por cometer os mesmos erros que se cometeram no passado, apenas por ignorância.

Com tanta revisão curricular, a História e a Geografia foram minguando na vida escolar dos alunos e relegadas para segundo plano. Todas as disciplinas são importantes para a formação do ser humano, mas convenhamos: quem não conhece a sua História, é como se não tivesse história. Nós não somos apenas quem somos. Somos o resultado dos que já foram, antes de nós, e o ponto de partida dos que hão de vir, depois. Para que existíssemos enquanto nação, houve muitas batalhas ganhas, quem sabe se outras tantas perdidas, muito sangue derramado, muita gente a gritar basta! È como se fossemos uma grande família: quem não conhece a história dos seus avós e dos seus pais não tem futuro, porque também não tem passado.

Não somos apenas porque somos. Somos de onde vimos e para onde vamos. A nossa História explica-nos porque somos portugueses e não espanhóis. A nossa Geografia mostra-nos os nossos limites, as nossas fronteiras e as duas disciplinas mostram-nos como e quando ultrapassámos essas fronteiras e nos tornámos no que fomos: um povo com orgulho.

Para além do Natal, há dois dias importantes para a nossa História e cujo sentido se foi perdendo para os mais jovens: o dia 1 de Dezembro e o dia 8, que apesar de ser um dia devotado à religião tem por trás uma decisão régia e foi durante muito tempo o Dia da Mãe. Depois, com a abertura ao mundo e a nossa velha mania de que o que é dos outros é melhor, alterámos o Dia da Mãe para o mês de Maio e deixámos de saber por que motivo foi preciso “restaurar a independência”. Afinal, isso já foi tudo há tanto tempo, pensarão muitos, que até já tem pó e teias de aranha.

Quem não respeita a sua Língua, a sua Cultura, a sua História é apenas um número e não alguém que faça a diferença. Quem não respeita a História da sua Nação, também não tem história e não tem Pátria. Pode ter um cartão de cidadão nacional, mas não passa de um apátrida no seu coração.

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