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Editorial

E tudo o tempo curou

Clara Bernardino

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Vivam as eleições! Vivam as escolhas democráticas! Vivam! A razão de tantos “vivas”? É simples! Se repararmos bem, só em ano de eleições acontece algo positivo para a freguesia, para o concelho, para o distrito ou para o país. Se é preciso haver propaganda, discursos e promessas para darem um “rebuçado” ao povo em troca do seu voto, então é caso para dizer que deveria haver a possibilidade de votar todos os anos. Pelo menos, os problemas iriam sendo solucionados e não ficavam quatro ou cinco anos à espera, a marinar, para serem resolvidos.

Talvez a questão em causa seja o facto de os nossos políticos acreditarem convictamente que o tempo resolve tudo. Só que o tempo nunca se candidata às eleições, nunca faz promessas e, por isso, não se sente obrigado a cumpri-las. Os senhores políticos, na grande maioria, também não! Provavelmente, nem é por mal! Como traçam o seu plano para quatro anos, precisam de um para tomarem conhecimento dos “dossiês” e dos problemas que eles contêm. Logo em seguida, precisam de outro ano para apontarem o dedo aos governantes anteriores e explicarem o tamanho do buraco orçamental, financeiro, de gestão e todos os outros buracos que possam existir. É o chamado “ano do buraco”. O terceiro ano é dedicado a encontrar as soluções. É o chamado “ano dos estudos”. Faz-se um estudo para solucionar o problema X, outro estudo para o problema Y, mais um estudo para cada um dos buracos do mandato anterior. Finalmente, o último ano é para solucionar alguns problemas – normalmente, os mais pequenos – pois o tempo urge e é preciso garantir o voto dos eleitores para que haja tempo, no próximo mandato, de cumprir mais alguma coisa do que se prometeu no mandato anterior e “tapar” mais alguns buracos que se foram fazendo pelo caminho.

A Nazaré é um caso de estudo, no que toca aos processos eleitorais. Não só existem sete listas candidatas à Câmara e à Assembleia como ainda ocorre um fenómeno sem igual: a entreajuda. Então não é que há pessoas de uma lista partidária a angariar assinaturas para uma lista de independentes? Isto sim! Isto é o verdadeiro espírito democrático! Deve ser o único lugar do nosso país onde o companheirismo é levado tão a sério. Imaginem a campanha! Será que vão andar de braço dado na rua com as bandeiras entrelaçadas a adejar?

Aguardemos os desenvolvimentos da ante estreia, mas não fique triste se for de férias e não puder acompanhar. Este “filme” vai estar em cartaz durante todo o mês de setembro, na freguesia e na autarquia mais perto de si.

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