Era meia-noite e meia e “os clientes tinham ido embora e eu estava sozinho a arrumar as coisas na cozinha”. “Quando dou por mim tinha uma caçadeira apontada à cabeça”, recordou.
“Mandaram-me deitar no chão, pregaram-me um soco, deram com a coronha da arma na cabeça e perdi os sentidos. Depois puxaram-me e arrastaram-me para junto das mesas e ameaçaram-me para não me levantar do chão”, relatou Manuel António, que teve de ser transportado pelos bombeiros para receber assistência no hospital das Caldas da Rainha por causa das agressões na nuca e na face, tendo ficado com um dente partido e com hematomas no braço direito. Fez um exame pericial no Gabinete Médico-Legal de Torres Vedras.
Segundo a proprietária do estabelecimento, Corália Penedos, foram retirados “cerca de 500 euros da caixa registadora e provocados danos na máquina de tabaco, que os assaltantes não conseguiram abrir”. Antes de abandonarem o estabelecimento, os larápios, que usavam luvas e teriam entre 25 e 30 anos, “partiram os telefones e levaram diversas chaves e ainda roubaram ao funcionário um anel, um fio e uma pulseira em ouro”. O alerta foi dado pelo funcionário, que se deslocou a casa de um vizinho do estabelecimento para telefonar para os patrões.
“Não tenho dúvidas de que já tinham observado os movimentos da casa, para saber as rotinas. Já fui assaltada quatro vezes no restaurante, uma no carro e outra em casa. Levaram-me mais de cinco mil euros em ouro, uma carteira com 700 euros, um computador e acessórios para máquina fotográfica profissional. Acho que é uma perseguição”, manifestou Corália Penedos.
A GNR das Caldas da Rainha registou a ocorrência e passou o caso para a investigação da Polícia Judiciária de Leiria.
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