Quais burros de carga, os portugueses trabalham mais e ganham menos. Lentamente, os direitos conquistados após o 25 de abril vão-se esfumando e as reivindicações vão sendo substituídas pelo medo de perder o emprego e de engrossar as filas do “centro de desemprego”…
As famosas gorduras do estado de que o atual governo tanto fala são afinal os empregos de milhares de funcionários públicos que começam a sair do país, na esperança de encontrar um lugar ao sol.
Afinal, que políticos são estes que prometem e não cumprem e que arremessam as culpas uns aos outros, enquanto nós sofremos as consequências?
Não foi por causa da opressão, da falta de direitos e da repressão que se fez uma revolução? Então e agora? Só porque há quem se sirva do facebook para chamar nomes ao primeiro-ministro já não há opressão?
Talvez o governo esteja à espera que nos aconteça como ao burro da história: quando o trabalho aumentou e a ração acabou, começou a dar lucro, mas, infelizmente, morreu… logo agora, que já estava acostumado…
Por falar em histórias de burros, parafraseando o mote de Gil Vicente para escrever uma das suas farsas: “antes quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”.
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