Se Portugal fosse, verdadeiramente, uma Nação: quando o país empobrecesse, empobreciam todos; quando o país enriquecesse, enriqueciam todos. Mas como transformaram Portugal nesta miscelânea heterogénea de cidadãos e interesses, tudo se processa de modo diverso. Assim, a maioria tem que empobrecer para que alguns enriqueçam. E, para que alguns possam desfrutar dos privilégios, é preciso que sobre os outros recaiam todos os sacrifícios.
É este o resultado de uma política neo-liberal que não trata todos da mesma maneira. Que explora uns para favorecer outros. Que não respeita nem salvaguarda as diferenças ou as necessidades. Mas que, pelo contrário, amesquinha, humilha e degrada os mais fracos, os mais desprotegidos e os mais vulneráveis.
De facto, com esta geração de politiqueiros, Portugal tornou-se neste sucedâneo de Nação. Semelhante a países como a China ou a Índia, em que os miseráveis são relegados para os subúrbios das grandes cidades, para os guetos. Sem direitos nem dignidade. Marginalizados e escravizados por dirigentes sem carácter e sem escrúpulos.
Este é o Portugal de que eu não gosto e no qual não me revejo. Porque é o Portugal dos Borges, dos Catroga, dos Mexia, dos Bava, dos Oliveira, dos Carrapatoso, dos Amado, dos Ulrich, dos Amaral, dos Gonçalves, dos Soares dos Santos, dos Belmiro, dos Amorim, dos Rendeiro, dos Berardo e, também, dos Loureiro, dos Lima, dos Oliveira e Costa, dos Isaltino, dos Jaime Ramos, etc… É o país das elites, dos vivaços, dos intocáveis, dos oportunistas e dos deuses com pés de barro.
Não, este Portugal não é mesmo uma Nação!…
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