Os Bombeiros Voluntários da Nazaré tentam esta quarta-feira, 11 de abril, eleger uma nova direcção. António Morais, antigo comandante da corporação, lidera a única lista candidata. A responsabilidade que decidiu assumir, e que classifica de «grande», surgiu por considerar que «a solução do problema da corporação não passa por entregar a chaves» à Câmara. «Sinto a casa de maneira diferente a outras pessoas, talvez por já ter sido comandante da corporação, e entendi que se deveria fazer mais um esforço», refere. A situação nos Bombeiros da Nazaré, tal como noutras associações humanitárias, não é das melhores, e António Morais considera que se devem cortar despesas nalgumas áreas, mas não nos recursos humanos, pois fazem falta à atividade, para se dar a volta às dificuldades. Diminuir despesas, angariar mais sócios e realizar espectáculos beneficentes, tal como o que decorreu no fim de semana da páscoa, oferecido pelo Grupo do Sítio, são as apostas da lista candidata à direção para reunir as verbas que necessita para manter a casa em funcionamento. Mensalmente, a despesa fixa da Associação ronda os 25 mil euros, dos quais 10 mil vão para ordenados, 5 mil euros para combustíveis, o mesmo valor que está destinado aos impostos, como a segurança social e IRS. A associação vive das quotas dos 3 mil sócios, das verbas da autoridade nacional da protecção civil, da ARS e dos hospitais, assim como de subsídios, que deixaram de ser regulares devido às dificuldades de algumas das entidades financiadoras, como a Câmara, a quem António Morais já pediu maior apoio. Paulo Alexandre