No período quinzenal que voltou a ficar marcado por valorizações globalmente expressivas nos diferentes blocos económicos (EUA, Zona Euro e Emergentes), tendo o principal índice accionista mundial S&P 500 fixado novos máximos relativos. Na esfera macro-económica destacamos a revisão em alta das expectativas de crescimento económico por parte do BCE, sendo que esta entidade antecipa uma queda de 4,1% do produto em 2009, seguido de uma recuperação de 0,2% em 2010 (o que compara com as projecções anteriores de -4,6% e -0,3% respectivamente para a evolução do PIB na Zona Euro).
Não foi apenas ao nível dos índices accionistas que assistimos a novos máximos relativos, observando-se situações idênticas tanto no cross EUR/USD como no Ouro, sendo que este último transacciona inclusive próximo de máximos históricos. A divulgação de algum newsflow favorável do ponto de vista empresarial, nomeadamente a revisão em alta da guidance para lucros e receitas no 3Q09 por parte da Texas Instruments também suportou a manutenção do optimismo recente da comunidade de investidores. Numa perspectiva de curto/médio prazo, alertamos para a dimensão do rally accionista praticamente ininterrupto que se observa desde meados de Março, uma situação que conduziu a avaliações dos activos de risco para valores relativamente dispendiosos face ao vigor de uma eventual recuperação económica que se prevê claramente lenta. Este facto limita de forma evidente uma visão mais optimista para o mercado accionista a médio prazo (pelo menos ao nível dos ganhos que se observam desde o início do ano), o que nos leva a optar por uma menor exposição a players do sector financeiro e/ou de perfil cíclico – conjunto de títulos que lideram o fortíssimo movimento de alta que perdura há cerca de 6 meses. Research Banco BiG
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