Mário SousinhaSobem, sobem os combustíveis, sobem! E as carteiras a rebentarem!…A ANAREC faz queixinhas a Bruxelas e, logo o Sr. Ministro pela manhã, ainda ensonado e com um croissant na mão, diz para a sua mulher:- Ai! Ai! Se as gasolineiras não fizerem nada, faço eu, ai faço, faço! Não me chame eu… Sr. Ministro!E, de repente, o Sr. Ministro, já no final de Setembro (eleições à vista!), depois de uma boa jantarada, dá um murro na mesa (claro que assustou a mulher!) e diz:- Basta! Basta! Politizem-se os preços, afinal quem manda aqui sou Eu!

Mas enquanto o Sr. Ministro e os demais, andam nestas andanças e outras, a brincar aos governos, lá no Sul, bem no Sul, para os lados de Olhão, soprou um vento frio, diria mesmo gélido, um terrível vendaval. Qual moribunda, qual carapuça!E, todos acordaram, atarantados, atrapalhados como nunca (consta-se até que houve alguns que caíram da cama abaixo!), e exclamaram: Ela afinal, a Senhora Oposição está viva! Bem viva! Disseram outros.Estamos perdidos, valha-nos “Nuestros Hermanos”. E não é que estão mesmo!?Então e por cá? Como vão os nossos políticos?Bem… por cá… Por cá tudo na mesma, exceptuando a salgalhada dos nomes votados e eliminados (lembram-se?), das conversas de corredor e abordagens nos intervalos das sessões camarárias e conversas de café (tudo, diga-se, em nome do Povo!… e dos interesses de quem está e não está, mas queria estar!), nada mais…Bem, nada mais, não é bem assim, pois já temos Reis de Carnaval.Nada melhor que o Carnaval para o Povo andar distraído, pensam os Políticos.Mas o Povo é sereno, diverte-se ” à grande e à nazarena”, mas atento, sempre atento.E, entretanto, chega o Verão e o fim deste e, então, os Políticos como se estivessem estado a dormir, acordam todos, mas todos, reúnem-se, zangam-se, mas enchem as listas, quanto mais melhor, a qualidade pouco interessa, o que é preciso é escolher os que eles acham que mais votos garantem (puro engano!).E, assim, felizes da vida, atropelando tudo e todos (e muitas vezes a eles próprios), dizem: Já está ganho!Mas, de repente, talvez trazida pelos ventos insulares albertinos, ouve-se, então, uma voz: estão LOUCOS! LOUCOS! LOUCOS!E, o Povo, mais uma vez, sereno, perspicaz e sábio, talvez, ainda não sabendo em quem votar, mas de certeza, com a certeza em quem não votar, responde: LOUCOS! NÓS?…