Anabela Monteiro, ex-aluna do Externato D. Fuas Roupinho, coordena um projeto que levou 50 alunos da Universidade Europeia de Lisboa a visitas pela região oeste. O objetivo é dar a conhecer o lado menos explorado pelos turistas nas vilas e cidades.
A docente pretende que os pontos menos conhecidos de um destino, como a Nazaré, não estejam sempre em primeiro plano, levando quem pesquisa o pretende conhecer a oferta a procurar outros produtos turísticos que poderiam “dar um destaque distinto, atrair outro tipo de turismo (Nichos turísticos – Dark Tourism, Turismo religioso, Turismo de Arte Urbana,….) e arranjar soluções para reverter alguns pontos negativos do turismo da região, como por exemplo a sazonalidade”.
“Para criar um produto temos que conhecer e compreender o destino, de forma a realizar um diagnóstico das necessidades dos mercados para assim criar ou transformar um produto turístico que responda às motivações do turista. O futuro do turismo assentará muito na inovação estratégica. O turismo de nicho é uma aposta porque permite retirar dos destinos atributos mais sedutores com interesses próprios para um público específico. Este foi o desafio colocado aos alunos, descobrir o oculto do turismo na zona Oeste” , explica a docente.
Foi no âmbito das unidades curriculares “Mercados e Produtos Turísticos” e “Promoção e Animação Turística”, da Licenciatura em Turismo da Universidade Europeia que se realizou em novembro uma das visitas de estudo.
A atividade, que contou com o apoio e acompanhamento das docentes Anabela Monteiro e Michelle Moraes, foi organizada integralmente pelos estudantes, tendo sido visitados pontos turísticos diferentes dos habituais associados às localidades de Rio Maior, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Alfeizerão, Nazaré e Alcobaça.
Testemunho de aluna
“O meu nome é Sofia Moreira, e no decorrer deste desafio o meu grupo ficou responsável pela organização geral da visita em si, realizando o itinerário da mesma. Desta forma o meu grupo encarou o cargo de organizador garantindo que tudo estava de acordo com o esperado. Para isso falamos com todos os grupos de modo a saber mais ou menos quanto tempo iriam ocupar na apresentação da sua localidade designada, consideramos tempo para necessidades básicas e imprevistos, e criamos o itinerário de viagem. No decorrer da viagem garantimos que todos estivessem a horas com lembretes e mensagens telefônicas, verificamos constantemente o número de participantes, a fim de não perder nenhum, e tentamos ao máximo cumprir o itinerário, pelo que ocorreram imprevistos (apresentações acabaram mais cedo ou mais tarde, alteração de última hora de horários, atalhos que levaram a demorar menos tempo que o esperado ao local…). Quando o projeto acabou, percebemos que o papel de um organizador é muito mais do que esperávamos, sendo um trabalho árduo e preciso, em que tem de se estar sempre preparado para a alteração de agenda, mesmo que não venha a ser necessária. Concluo que a nível pessoal foi uma boa experiência de terreno e adorei as apresentações dos meus colegas, que conseguiram explicar conceitos académicos de forma a compreensível ao público geral, que acabou por se aglomerar em todas elas, demonstrando o seu potencial como guias. Em geral, gostei bastante da visita e gostaria que fosse possível realizar mais saídas ao terreno de modo a pôr em prática as capacidades e aptidões dos estudantes.”
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