De acordo com a Defesa do Consumidor, Portugal continua com métodos de cobrança de água, saneamento e resíduos muito diferentes e disparidades de preço pronunciadas entre municípios. E, quando o consumo mensal aumenta, os preços disparam em muitas autarquias, como acontece na Nazaré que, no distrito de Leiria, apresenta os valores mais elevados por estes serviços.
Em oposição, a Batalha é o concelho do distrito onde a fatura da água, tratamento de esgotos e lixo é a mais barata.
Para um consumo médio de 120 metros cúbicos anuais de água, um consumidor da Nazaré paga 148,6€, e 213,09€ num consumo médio de 180 metros cúbicos, “resultantes de um aumento do consumo de 5 metros cúbicos por mês”, refere a DECO.
Os três serviços juntos custam, em média, 380 euro para um consumo de 120 metros cúbicos e 525,06€ para um consumo de 180 metros cúbicos, ou seja, mais 145 euros anuais comparado ao escalão anterior.
Pelas contas da DECO, o gasto médio anual de uma família residente no concelho da Nazaré é o dobro da fatura paga por um agregado que viva nos concelhos da Batalha ou na Marinha Grande.
Os Alcobacense pagam cerca 353,84 euros. Já os marinhenses com o mesmo consumo desembolsam 187,49 euros, e os Portomosenses 246 euros.
Nas Caldas da Rainha os mesmos serviços custam 301 euros anuais, em Leiria 328 euros, em Peniche 369,21 euros e no Bombarral de 226,6 euros.
De acordo com a defesa do consumidor, responsável pelo estudo, “tal como em anos anteriores, de norte a sul, as tarifas de abastecimento de água continuam mais elevadas nos municípios que realizaram contratos de concessão com entidades gestoras”.
O abastecimento é a parcela mais elevada da fatura da água em 84% dos municípios. A transição para um gasto superior é, nalgumas zonas, bastante penalizadora. Poupar água é fundamental para evitar chegar a valores elevados no final do ano, refere a DECO.
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