O Programa de Revitalização de Empresas, desenvolvido pela AHRESP, tem como objetivo disponibilizar um conjunto de ferramentas que evitem o recurso judicial de insolvência, pretendendo que as empresas que a ele adiram possam encontrar soluções de revitalização e modernização das suas atividades. Desta forma, a AHRESP procura evitar a destruição parcial do tecido empresarial das atividades económicas que representa, e que nesta altura se apresenta como inevitável para muitas empresas.
O protocolo hoje assinado prevê que o Turismo Centro de Portugal promova e a divulgue o Programa de Revitalização de Empresas junto dos empresários da região Centro de Portugal, com o objetivo de mitigar os efeitos nefastos da crise económica nas empresas, resultante da pandemia de covid-19. Nomeadamente, e com o apoio da Moneris, serão fornecidos esclarecimentos e aconselhamentos sobre apoios disponíveis e estratégias a seguir, entre outras medidas.
Estiveram presentes na assinatura do protocolo o 1.º vice-presidente da Direção da AHRESP e o vice-presidente da AHRESP, respetivamente Carlos Moura e Jorge Loureiro (também vogal da comissão executiva do TCP), a secretária-geral e o diretor-geral da mesma entidade, Ana Jacinto e José Manuel Esteves, e o presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado.
Antes da assinatura, Carlos Moura destacou que, nos inquéritos realizados a empresas associadas da AHRESP, se verificam grandes preocupações para com o futuro, motivadas pela situação de pandemia. “O último inquérito que realizámos mostra que a quebra de consumo e a quebra de receitas são fatores crítcos para as empresas. Cerca de um terço dos nossos associados admite que tem dificuldades em manter o negócio. Nesta altura, a ausência de liquidez na tesouraria das empresas é um drama. Precisamos que regresse o consumo e que regressa a confiança dos consumidores”, frisou. “Este Programa de Revitalização de Empresas, assim como outras medidas que estamos a preparar, pretende salvar da falência largas dezenas de milhares de empresas e, assim, salvar os empregos das famílias”, explicou.
Pedro Machado elogiou igualmente o alcance desta parceria. “Com este protocolo de colaboração, podemos contribuir para as empresas em maiores dificuldades possam ser revitalizadas e possam alterar o seu modelo de negócio”, realçou. “Temos expetativas muito positivas para as empresas da região. Queremos apelar às empresas e empresários que não desistam, que mantenham a confiança. É muito importante que sejamos capazes de ajudar os empresários a salvar os seus negócios”, acrescentou.
Programa prevê intervenção em três fases
O PRE – Programa de Revitalização de Empresas segue um modelo de intervenção em três fases. Na Fase 1, é realizado um Diagnóstico Empresarial e Linhas de Ação Gerais, com levantamento de informação na empresa, aplicação de um modelo de diagnóstico e definição das principais linhas de ação a desenvolver, por forma a permitir a recuperação da empresa. Na Fase 2, propõe-se um plano de recuperação económico-financeiro, com base no diagnóstico inicial. Na Fase 3, apresenta-se um modelo de recuperação e acompanhamento, com apoio no acompanhamento da implementação das mesmas medidas de ação, tanto as medidas de curto prazo (de viabilidade do negócio) como as medidas de médio-longo prazo (de sustentabilidade e adaptabilidade do negócio).
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