A falta de convenção com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a atrasar a abertura da unidade de hemodiálise (inaugurada no verão do ano passado), o que obriga os utentes deste tratamento a deslocações diárias de vários quilómetros.
“Está em causa o bem-estar dos utentes. Os doentes continuam a sofrer de forma indigna. Ninguém imagina o que é ir dentro de ambulância, fazer 300 kms por semana, e passar horas à espera do tratamento. Temos condições na Benedita para que possam ser bem tratados próximos de casa”, diz João Mateus, que está a liderar este movimento de apoio ao início dos tratamentos naquela vila.
Cerca de 20 utentes da Benedita e mais 40 dos arredores são os potenciais frequentadores deste centro de hemodiálise.
“Os políticos têm que ter consciência de que a má gestão nos leva a ter os problemas atuais na saúde. Cada doente custa 1100 euros. Não percebo porque não há ainda autorização para realizarem os tratamentos que necessitam aqui perto de casa”.
Em fevereiro foi entregue na Assembleia da República uma petição a pedir a atribuição com urgência da convenção necessária para começar a tratar os doentes na Unidade de Diálise da Benedita. A resposta ao documento ainda não chegou, e, na Benedita, já se organizam outras formas de pressão.
A unidade da Benedita é um investimento do Grupo H Saúde, que foi inaugurada em junho do ano passado. Está totalmente equipado e pronto a dar início às suas funções, mas a falta de um documento impede-o de tratar os doentes.
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