Segundo o presidente da empresa australiana, Ian Lusted, nas sondagens será utilizada uma técnica idêntica à das captações de água. Na sessão de esclarecimento, Ian Lusted assegurou que a empresa submeteu “voluntariamente” o planeamento das sondagens previstas à apreciação de um estudo de impacto ambiental, que se encontra na Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
“A empresa assegurou também que, após a realização dos estudos, os locais concessionados serão “deixados como estavam antes”.
“Se formos bem-sucedidos e avançarmos para a comercialização, o impacto será mínimo, pois a distribuição do gás será realizada de forma subterrânea. Praticamente todo o processo é feito no subsolo”, disse Ian Lusted, ao referir que, até ao momento, “terão sido gastos cerca de meio milhão de dólares [cerca de 440 mil euros] de investimento direto”.
O presidente da associação ambientalista Oikos, Mário Oliveira, mostrou satisfação por o projeto ser executado através de sondagens “ditas convencionais”, uma vez que “os impactos, teoricamente, não são tão graves quanto isso”.
Já o dirigente da organização ambientalista Quercus Domingos Patacho destacou a importância do “estudo de impacto ambiental para cada um dos furos”.
“Eles assumem que não há ‘fracking’, que era um risco muito maior, mas mesmo assim não temos a certeza disso”, acrescentou.
Junto ao local da reunião, um pequeno grupo de manifestantes da Linha Vermelha – Academia Cidadã e Climáximo | Movimento de Cidadãos da Zona Centro contra a Exploração de Gás | Peniche Livre de Petróleo | Marinha Grande Livre de Petróleo | GPS Grupo Protecção Sicó exibiram cartazes contra a exploração de gás na zona Centro.
“Não queremos furos em Aljubarrota, nem na Bajouca, queremos os contratos cancelados e as petrolíferas nos museus para recordar a história. Queremos energias renováveis, queremos terra e águas puras para a agricultura e para um futuro saudável. Não aceitamos que a região Centro seja o campo experimental que todo o país recusou”, adiantam num comunicado.
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