Duas turmas, nas áreas de Humanidades e Ciências e Tecnologias, “deram início ao ensino secundário público no concelho da Nazaré”, divulgou a Câmara, assinalando o arranque das aulas na Escola Básica e Secundária Amadeu Gaudêncio.
As aulas, que começaram quase duas semanas depois do arranque do ano letivo a nível nacional, aconteceram numa fase em que ainda decorriam as obras de beneficiação no estabelecimento.
As obras, que representam um investimento de 349 mil euros (149 mil dos quais comparticipados pelo Ministério da Educação), incluem a construção de seis salas novas, a substituição da cobertura e a melhoria dos laboratórios.
A intervenção, efetuada em parceria pela Câmara e pelo Mistério da Educação, possibilitou que, pela primeira vez, a Nazaré tivesse ensino secundário público, na sequência dos pedidos feitos pelo executivo à tutela para a ampliação da oferta pública até ao 12.º ano.
O objetivo foi, segundo o vereador da Educação, Manuel Sequeira, responder “às preocupações manifestadas por pais, encarregados de educação e pelo Conselho Municipal de Educação”, e travar “a saída de alunos para concelhos vizinhos, onde podiam prosseguir os estudos no secundário público”.
De acordo com o responsável, as obras estão a decorrer com dinheiro “adiantado pela Câmara” e as aulas em falta “serão compensadas” durante o ano letivo.
“Não foi vontade de ninguém que as obras se prolongassem até agora. Esta escola recebeu, há 8 anos, financiamento para as fazer, mas isso nunca aconteceu. Só em novembro de 2016 é que o processo foi desbloqueado junto da tutela, e nessa altura já se previa que a intervenção se atrasasse em cerca de duas semanas. As obras estão a acontecer porque a Câmara Municipal adiantou o dinheiro”, explicou o responsável, acrescentando que o processo de beneficiação se irá prolongar-se por mais 15 dias, embora com menos ruído para não perturbar as aulas, e que as aulas em falta serão compensadas.
Por seu turno, Manuel Sequeira, vereador da Educação na Câmara Municipal falou em “momento único” na história do ensino público no concelho, e da existência do público e privado na mesma localidade.
“Ter ensino secundário público não inviabiliza o privado de qualidade. Permite, isso sim, ter escolhas, num concelho que era dos poucos, no país, sem ensino secundário público”.
A saída de alunos para concelhos vizinhos, onde podiam prosseguir os estudos do secundário público, foi uma das preocupações manifestada por pais, encarregados de educação e Conselho Municipal de Educação, e transmitida pela Câmara à tutela, que se mostrou sensível ao assunto, autorizando a ampliação da oferta da escola até ao ensino secundário.
No âmbito do acordo, a Câmara Municipal ficou responsável pelos projetos de arquitetura e das especialidades para a beneficiação das instalações da escola, lançamento do procedimento e adjudicação das obras.
O Presidente da Câmara, Walter Chicharro, falou em “dia histórico” porque se concretiza a “melhoria de condições para os alunos”, nomeadamente no prosseguimento dos seus estudos no concelho; e de uma “etapa nova no ensino do concelho”, alcançada após a aliança entre os vários elementos que compõem a comunidade educativa.
“A instalação do ensino secundário público na Nazaré deve-se ao esforço conjunto. Temos sido parceiros e a porta da Câmara continua a aberta para se criarem as condições necessárias ao sucesso de todos no processo de ensino e aprendizagem”.
Também o Presidente da Associação de Pais, Nuno Ferreira, mostrou a sua satisfação pela intervenção ao afirmar: “estamos a viver o sonho. O processo das obras é dinâmico, e com ele pretende-se melhorar o espaço” de aprendizagem.
0 Comentários