Q

Previsão do tempo

16° C
  • Monday 17° C
  • Tuesday 17° C
  • Wednesday 17° C
16° C
  • Monday 18° C
  • Tuesday 18° C
  • Wednesday 18° C
17° C
  • Monday 17° C
  • Tuesday 18° C
  • Wednesday 18° C

Câmara de Alcobaça extingue empresa e assume centros escolares penhorados pelo fisco

Paulo Alexandre

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
A aquisição das participações sociais dos acionistas privados a “um custo simbólico de um euro” e a internalização da atividade da empresa no município “ é uma solução que pensamos que defende o erário público”, explicou o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, aos deputados, na sexta-feira à noite.

Em causa estava a dissolução da empresa Cister – Equipamentos Educativos, S.A., constituída em 2008 no âmbito de uma parceria público privada detida em 49% pela empresa municipal Terra de Paixão e em 51% pela MRG – Engineneering & Solutions, SA.

A empresa tinha como objetivo a construção e conservação de dois centros Escolares (de Alcobaça e da Benedita) e de um pavilhão multiusos (em Évora de Alcobaça), obras em que foi financiadora a Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Em 2013, a empresa Terra de Paixão foi extinta e a câmara adquiriu a sua participação na Cister, SA, comprometendo-se a pagar, durante 23 anos, rendas referentes à utilização daqueles equipamentos, num valor superior a 63, 5 milhões de euros.

Os contratos acabaram, no entanto, por não obter o visto do Tribunal de Contas (TdC) o que impediu a autarquia de efetuar o pagamento das rendas daqueles equipamentos, dificultando o equilíbrio financeiro da empresa que em dezembro de 2015 viu um dos centros escolares penhorado pela Autoridade Tributária.

De acordo com o relatório de contas a que a Lusa teve acesso a dívida ao fisco, que levou depois á penhora dos outros dois equipamentos, ascendia, em janeiro deste ano, a 1.440.466.07 euros e deu origem a 48 processos de execução.

“Uma situação insólita” criticada, na última sessão da assembleia por todos os partidos da oposição e que a autarquia espera resolver com a internalização da empresa e a negociação, com a CGD de uma redução do Spread [do empréstimo] de 3,25% para 2% que, em conjunto com a redução do juros à câmara reduzir a dívida em cerca de 17 milhões de euros, uma vez que os equipamentos ficarão a seu cargo e deixará de ter que pagar rendas pelos 23 anos previstos.

Porém, a solução aprovada na sexta-feira à noite pela maioria PSD, com os votos contra da CDU e a abstenção do PS e do CDS, carece também de visto do TdC, podendo o contrato entre as partes ficar sem efeito caso esta aprovação não seja obtida num prazo de três meses.

Na sessão Paulo Inácio mostrou-se convicto de que “esta solução obterá o visto” do TdC mas assegurou que caso o processo não se resolva no tempo previsto e os imóveis sejam colocados a leilão pela Autoridade Tributária, “a câmara tem condições financeiras de assumir a dívida”, impedindo que os centros escolares e o pavilhão sejam vendidos.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Artigos Relacionados

Autarcas de Alcobaça apelam a mais investimentos ao Ministro da Economia

Aproveitando a visita do Ministro da Economia, Pedro Reis, os autarcas locais apresentaram alguns dos seus pedidos para a região. Durante a cerimónia de inauguração da ALEB, a presidente da Junta de Freguesia da Benedita, Maria de Lurdes Pedro, aproveitou para...

ministro

TGV em Alcobaça poderá demolir mais de 40 habitações

A futura Linha de Alta Velocidade (TGV) irá impactar seis freguesias do concelho de Alcobaça, e a CFM está a ouvir os respetivos presidentes de junta para conhecer as suas opiniões e as preocupações dos fregueses. O presidente da Junta de Freguesia de Turquel, José...

TGV