Naufrágio junto a São Martinho do Porto

Mergulhadores que andavam na apanha de algas são socorridos por salva-vidas

Francisco Gomes

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“Afligiu-me ver o barco virado mas conseguimos todos manter a calma”, relatou Francisco Sousa, de 60 anos, um dos nove tripulantes da embarcação “Barracuda”, que na tarde do passado dia 27 se afundou junto a São Martinho do Porto.

O barco, com onze metros de comprimento e matriculado no porto da Nazaré, dedicava-se à apanha de algas, quando, cerca das cinco da tarde, foi surpreendido por uma onda de metro e meio.

“Eu estava no fundo do mar e queria vir à superfície para meter o saco com as algas, mas não me puxavam. Consegui subir e vejo o barco virado”, relatou o mergulhador.

Alexandre Cruz, 39 anos, que também estava na água, disse que o incidente causou “maior preocupação” nos vigias que estavam no barco e que, à medida em que ia virando, tiveram de ir subindo para a quilha, no casco da embarcação. Os mergulhadores ficaram “em redor do barco a nadar”, enquanto um deles percorreu cerca de cem metros a nado até chegar a terra, onde pediu socorro a pescadores que se encontravam na arriba da Boavista.

Os oito colegas, com idades entre 30 e 60 anos, foram resgatados por uma embarcação da estação salva-vidas da Nazaré. Uma jangada pneumática do barco naufragado demorou algum tempo a vir à superfície, ativada pela pressão quando a embarcação adornou. Logo após os mergulhadores terem passado para a balsa, chegava o bote salva-vidas, que os recolheu e levou para o porto de abrigo de São Martinho do Porto, onde foram assistidos por equipas médicas, não apresentando ferimentos.

Dez viaturas dos bombeiros de São Martinho do Porto e do INEM de Leiria e Peniche, da Polícia Marítima e da GNR de São Martinho, a par de dois meios aquáticos do Instituto de Socorros a Náufragos e dos bombeiros, estiveram envolvidos nas operações de socorro. Um helicóptero da Força Aérea ainda chegou a ser ativado mas acabou por não ser necessário.

Apesar dos esforços para recuperar o barco, acabou por ir ao fundo. Quando os mergulhadores foram resgatados a embarcação ainda se encontrava à tona de água, mas na hora seguinte foi ao fundo. O local está sinalizado com uma bóia e estava a ser avaliado se haveria risco para a navegação e a viabilidade técnica para remover o barco.

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