O início não foi fácil. Além de alguma desconfiança da parte das associações sectoriais convidadas a integrar a NER-LEI, numa lógica agregadora para aumentar o peso político das atividades económicas do distrito, houve dificuldades em encontrar instalações dignas de uma associação empresarial. Depois de diversas localizações, o Edifício NERLEI foi inaugurado em 1993 pelo ministro da Indústria e da Energia, Mira Amaral, que, assim, apadrinhou um dos principais marcos dos trinta anos de existência da associação, a par da sua autonomização em relação à AIP, em 1991, e da obtenção do Estatuto de Utilidade Pública, em 1992.
Com autonomia e com instalações modernas e funcionais, estavam criadas as condições para a NERLEI dinamizar a sua ação junto do tecido empresarial da região, ganhar a confiança dos empresários e afirmasse como parceira destes, que foram identificando o Edifício NERLEI como a sua casa, participando nas diversas atividades, nomeadamente, jantares conferência, seminários e debates para os quais a NERLEI convidou algumas das principais figuras do Pais, entre políticos, economistas e empresários de outras regiões.
O reconhecimento da sua importância foi-se espelhando na evolução do número de associados, que, de ano para ano, foi crescendo significativamente até alcançar os mais de 900 que atualmente fazem da NERLEI uma das associações empresariais mais fortes do País, integrando a Comissão Executiva e a Direção da AIP e o Conselho Geral da CIP.
Para a confiança e notoriedade que a NERLEI foi conquistando contribuíram diversos factores, entre os quais há a destacar o abraçar de causas públicas, não só em defesa dos seus associados mas também dos interesses da região. Melhores acessibilidades rodoviárias, criação de parques empresariais, reabilitação da Linha do Oeste, instalação de serviços de apoio às empresas na região, qualidade no fornecimento de electricidade, eliminação das taxas de publicidade nas estradas nacionais ou redução dos custos do gás natural, foram algumas das questões pelas quais a NERLEI lutou, e continua a bater-se, ao lado das empresas e sobre as quais nunca se inibiu de tomar posições públicas, sempre independentes do poder político.
Também a sua abertura ao exterior, nunca se fechando em si mesma, permitiu à NERLEI assumir-se como uma referência na região e ganhar estatuto em termos nacionais. As pontes estabelecidas com outras instituições, como as autarquias, o Politécnico de Leiria, as associações sectoriais e diversos organismos públicos, quer na discussão de projectos estruturantes, quer na concretização de ideias para valorizar a região, como a criação da Incubadora D. Dinis ou da D. Dinis Business School, têm sido a evidência da política agregadora que a NERLEI tem seguido, procurando sempre trabalhar com as diversas forças vivas da região.
Hoje, a NERLEI é uma instituição incontornável na vida empresarial da região de Leiria, assumindo um papel decisivo no apoio às empresas, nomeadamente, nas áreas da internacionalização, formação e qualificação, estudos e projetos, apoio técnico e comunicação. As ações promovidas pela NERLEI foram frequentadas por milhares de pessoas, fazendo da associação um polo empresarial de excelência.
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