Em Portugal existem 150 mil praticantes de surf, que fazem a modalidade. Costumam também ser os primeiros e os últimos a sair da praia. Razão pela qual não raras vezes são confrontados com pedidos de ajuda. Assim surge o projeto “Surf Salva”, que passou pela Nazaré na última quarta-feira.
Nuno Leitão, diretor do ISN, descreveu que “no ano passado tivemos registo de cerca de 80 salvamentos feitos por surfistas nestas áreas. Então porque não dar uma formação mais específica de como salvar em condições. No passado tivemos acidentes com surfistas, que com o seu espírito voluntário e de coragem em querer salvar alguém em situações de risco, também eles próprios se tornaram uma vítima. Assim pretendemos prepará-los mas ao mesmo tempo precavê-los que não passem de salvadores a vítimas”.
Albano Viana, formador do ISN, manifestou que “a simbiose perfeita era realmente todos os nadadores-salvadores serem surfistas e todos os surfistas serem nadadores-salvadores”.
Os formandos não tiveram de pagar nada e houve participantes de todas as idades, desde os quatro anos. E independentemente das idades, os surfistas e bodyboarders que receberam formação na praia da Nazaré, um dos pontos de passagem deste projeto, mostram-se agora mais confiantes.
“Agora já me sinto uma pouco mais preparada para ajudar alguém”, disse a bodyboarder Diana Fonseca. “Apesar de andarmos no mar e podermos trazer alguém para terra, não tínhamos o conhecimento necessário para fazer suporte básico e foi isso que aprendemos aqui e que se calhar será a parte mais importante, porque teremos no momento oportunidade de salvar alguém”, indicou Hélio António, bodyboarder.
Ensinar a rebocar uma vítima para terra ou o que fazer para tentar reanimá-la se estiver inconsciente, são alguns dos objetivos do projeto, que está a ser desenvolvido em praias com escolas de surf.
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