Quais as suas armas? A coragem e a própria vida.
Como lutam? Como se cada batalha fosse a última, por isso entregam-se à causa de corpo e alma, e, mesmo correndo o risco de as chamas os consumirem, apagam o mal que outros provocaram. Põe em risco a sua vida para salvar outras.
Neste verão, alguns bombeiros perderam a vida no combate aos incêndios. As suas famílias estão de luto. Portugal está de luto. Sempre que um “soldado da paz” cai por terra, todos ficamos mais pobres.
O presidente da República, que só comunica com o povo por facebook, partilhou nas redes sociais as suas condolências à família de uma figura da cena política que faleceu por estes dias. No entanto, nem uma palavra às famílias dos bombeiros. A “desculpa” é que o fez em privado. Quer isto dizer que há “condolências on” que podem ser divulgadas pelas redes sociais e “condolências of” que são dadas em privado. Teria ficado muito bem ao representante máximo da Nação ter vindo a público dar os pêsames às famílias daqueles que lutam todos os dias pelo bem comum. Não o fez. As ações ficam com quem as pratica.
As condolências às famílias enlutadas têm-se multiplicado nas redes sociais, lembrando ao senhor presidente que todas as vidas são importantes e não há portugueses de primeira ou de segunda. Não conhecemos os bombeiros em causa e talvez as suas famílias nunca venham a ler este editorial, mas aqui fica registado o nosso mais profundo respeito pelo seu luto.
O nosso bem-haja a todas as Corporações de Bombeiros da nossa região e de todo o país! O nosso muito obrigada a todos os bombeiros e bombeiras que todos os dias põem à prova a sua coragem, oferecendo a todos a sua generosidade e a sua abnegação.
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