Felizmente que na nossa região, ainda há alguns empresários que arriscam investir. Recentemente, numa iniciativa nacional do Partido Socialista, realizámos na Nazaré, num equipamento hoteleiro recente (Hotel Mira-Mar Sul) e que muito valorizou a “mais bela praia de Portugal”, uma reunião que passou nas televisões de todo o país e do mundo e que muito pode contribuir para atrair mais turistas à Nazaré. Se este empreendimento não existisse, seria outro o local de visita e, portanto, seria a Nazaré a perder.
Ainda do mesmo grupo empresarial (Hotéis Mira-Mar) e sob a liderança do dinâmi- co empresário nazareno Serafim Silva, foi lançado mais um importantíssimo investi- mento turístico – o Barra Talassoterapia, num investimento de mais de 2 milhões de euros e quase duas dezenas de postos de trabalho diretos. É de saudar que, apesar da crise e das incertezas de negócios, haja ainda quem o faça. E este empreendimen- to é tanto mais importante quanto ele vem suprir uma lacuna extraordinariamente
importante na área turística. Com efeito, como todos sabemos, Portugal tem sol e mar mas, com exceção do Algarve, as nossas águas costeiras são muito frias, afas- tando muitos turistas estrangeiros e mesmo nacionais, sobretudo séniores, da fre- quência das nossas praias. Com algum poder de compra, muitos, do norte da Europa, rumam a outros destinos turísticos com águas mais quentes. Ora, o conceito de Talasso é, justamente, para suprir essa carência. Apostando no conceito de “ba- nhos quentes” com água do mar, estamos em condições de apresentar aqui mais um atrativo produto turística, que tem procura, tem mercado, mas não tem tido oferta. A Nazaré está, pois, e mais uma vez, na vanguarda dos investimentos turísticos, do qual todos podem beneficiar, pois se mais turistas vierem, mas rendimento fica para os nazarenos.
Como deputado do Partido Socialista eleito pelo distrito de Leiria, mas também como cidadão oriundo de comunidades piscatórias que sempre viveram (sobreviveram) da economia do mar, não posso deixar de me congratular com este importante investi- mento. Felicitar os nazarenos por aumentarem as suas capacidades de captação de turistas e, também, julgo que é ainda meu dever, apelar a todas as entidades públi- cas que acarinhem e incentivem este projetos, ajudando-os, não os deixando ir para outros locais, concedendo-lhes facilidades, eliminando-lhes os constrangimentos e as burocracias, colocando os serviços públicos à sua disposição, pois só assim out- ros empresários podem ser impelidos a investir. Só o investimento, a criação de empresas e de empreendimentos turísticos que criem postos de trabalho e me- lhorem a vida de alguns (para melhorarem a vida de todos) nós pode salvar. Repito, salvar. Já que é disso mesmo que, hoje, todos nós, andamos à procura.
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