Destacou-se mais uma vez o agravamento das yields no grupo dos países dos PIIGS – Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. A impulsionar este movimento esteve uma sequência de leilões de dívida soberana francamente negativos por parte de Espanha, Itália e mesmo Alemanha, este último constituindo a surpresa do período ao conseguir colocar apenas EUR 3,6 mil mn de obrigações a 10 anos em detrimento dos EUR 6 mil mn previsto. Deste modo, e na sequência do que se tem observado nas últimas semanas, a urgência da concretização de um plano credível de contenção da crise da dívida periférica tarda em aparecer mas afigura-se essencial para a sustentabilidade da Zona-Euro. Também durante o período teve lugar ruma reunião entre Angela Merkel, Nicolas Sarkozy e Mario Monti, de onde não saíram novidades relativas a um plano de salvação de Zona-Euro, tendo mesmo a chanceler alemã insistido que as Eurobonds não representam solução para a crise europeia. A semana fica igualmente marcada pelo corte de rating a Portugal por parte da Fitch de BBB- para BB+, justificado pelo impacto que o significativo abrandamento da economia poderá ter no cumprimento das metas definidas pela Troika.O cross EUR/USD encerrou o período com perdas de cerca de 2% , penalizado pelo agravamento da crise da dívida europeia, que tem dizimado o nível de confiança a nível global – repercutindo-se em correcções na generalidade dos activos – crude recuou 2% e o Ouro expressou a sua correlação negativa com o USD ao recuar 2% no período.A semana iniciou-se com ganhos significativos debaixo do optimismo dos investidores na sequência de vendas record no período de Thanksgiving, um evento secundado pela reunião do Ecofin e pelo anúncio de uma acção concertada por 6 bancos centrais Mundiais destinada a fomentar a liquidez no sistema financeiro, situação que em conjunto com a redução da taxa de reservas sobre os Bancos pelo Governo Chinês devolveu confiança ao mercado. Destaque também para o relativo sucesso da colocação de dívida por um conjunto de países importantes (Itália, Espanha e França) não obstante as respectivas taxas terem sido mais altas face ao observado anteriormente – fenómeno que permitiu, em conjunto com uma actuação mais forte do BCE, uma espectacular descida das yields de Itália e Espanha em mercado secundário – recuaram cerca de 100 p.b. para 6,5% e 5,5% respectivamente nos prazos a 10 anos.
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