Alguns comentadores, sempre optimistas, transluzem para as teletelas a noção de ciclo económico. Os funcionários riem. Muitos talvez saibam a verdade: a humanidade só se destruirá eficazmente com a ajuda de si própria. Para os chacais isso parece fácil, após gerações de homens incompletos e servis. Homens e mulheres que foram incapazes de imaginar o “projecto” na sua globalidade. A maioria concentrou-se na “sua” técnica. A maioria só conheceu alguns componentes. Foi assim que produziram grades reforçadas, sistemas de vigilância, bancos de dados e computadores, edifícios invioláveis, máquinas inteligentes, redes de comunicações, tecnologias ultra-eficientes. Foi assim que conceberam tramas financeiras, agressivas estratégias comerciais e de marketing empresarial, produtos de consumo hedonista. Cada um tratou a fundo da sua minudência, sem cuidar que havia sempre alguém acima que ia compondo as peças. E que da altitude sorria, por vezes melancolicamente. Foi assim que se estudou a psique humana, o comportamento social e as partes infinitesimais e astronómicas de que se compõe a Natureza e o Universo. Agora tais homens e mulheres começam finalmente a dar-se conta da prisão que construíram para si próprios; do imenso poder destruidor do aparato técnico que tão empenhadamente ajudaram a construir. Cristo talvez tivesse querido dizer: «Se tendes dúvidas quanto a mim, vede como eu dou por vós a minha vida. Vede como eu não quero mais nada de vós senão o vosso Amor! E como tal não ressuscitarei, dando a ideia de querer vingar-me pela injustiça que cometestes ao condenar-me assim à morte nesta cruz.» Se o disse ninguém entendeu, e a Ressurreição tornou-se necessária, para que os humanos entendessem alguma coisa. A humanidade é incapaz de entender a verdade, daí que a melhor forma de a ocultar seja mostrá-la. Dizendo a verdade ninguém acreditará. O homem só acredita naquilo que quer, ou nas boas mentiras que lhe são contadas. A racionalidade do vértice superior é incompreensível para a esmagadora maioria dos humanos…
O Júbilo dos Chacais
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