Paulo Alexandre A Câmara Municipal de Alcobaça pediu o reforço das forças de segurança no concelho após os dois assaltos a caixas multibanco, no espaço de três dias, com recurso a explosivos. O presidente da Autarquia, Paulo Inácio, exige ainda «celeridade» com a construção de instalações para o Destacamento de Alcobaça da GNR, que deverá ser dotado de «uma área de residência para um grupo especial de intervenção do oeste norte».
«Registo com grande preocupação a ocorrência destes assaltos com métodos poucos ortodoxos e quase terroristas», disse Paulo Inácio, que defendeu o reforço das forças de segurança do concelho.
Em três dias, desconhecidos arrombaram com explosivos duas caixas multibanco, localizadas nas freguesias da Martingança e Cela.
«Perante esta insegurança impõe-se que as autoridades tomem medidas o mais rapidamente possível, porque é preciso um reforço policial», referiu.
No passado dia 10 de Maio, por volta da 01h55, os vizinhos da sede da Junta de Freguesia da Martingança, onde estava uma das caixas multibanco assaltadas, acordaram em sobressalto com o estrondo do rebentamento. Os assaltantes colocaram-se, logo depois, em fuga, em dois carros, que se escaparam do local sem qualquer sinal de luz. O presidente da junta de Freguesia de Martingança, Fernando Escudeiro, dirigiu-se ao local onde ainda «apanhou, no chão, 32 notas de 20 euros». Segundo o autarca, a máquina costuma ser abastecida à segunda-feira, mas na semana do assalto o carregamento estava previsto para terça-feira. O assalto provocou um incêndio e danos no edifício da delegação local do BANIF, onde se entrava a caixa multibanco. O segundo assalto ocorreu dois dias depois, no edifício do Centro Cénico da Cela.
«Eram 2h30 quando a funcionária do lar ouviu um grande estrondo e veio ver o que se passava mas já só viu um vulto a fugir», disse José Dias, presidente do Centro Cénico e de Bem-Estar Social da Cela. O rebentamento da caixa multibanco provocou estragos avultados no edifício, pois «danificou portas e janelas» e estragou «as mesas, do centro cénico». A explosão esteve, ainda, na origem de um incêndio que foi extinto pelo próprio presidente do Centro Cénico ainda antes da chegada dos bombeiros.
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