Pontos fortes dos próximos dias são a Serenata “L’Angelica” e a Orquestra do Algarve David Mariano Já arrancou a 18ª edição do Cistermúsica: foi ao final da tarde do passado dia 30 de Maio, com o concerto de abertura a caber ao Cuarteto Casals, formação que interpretou na Sala do Capítulo no Mosteiro de Alcobaça obras do checo Bedrich Smetana (1824-1884), do húngaro Bela Bartók (1881-1945) e do britânico Benjamin Britten (1913-1976. Dedicado este ano ao tema “Música e Literatura”, o Festival de Música de Alcobaça conheceu ainda no passado dia 5 de Junho, uma actuação da dupla Nuno Inácio e Stephanie Manzo, que decorreu no Celeiro do Mosteiro de Alcobaça, e um dia depois do grupo Lusio Voice, naquele mesmo espaço.

Para os próximos dias 11 e 12 de Junho, a Igreja Paroquial de Santo André na Cela e a Igreja Matriz de Évora de Alcobaça irão receber respectivamente uma jovem artista: Adriana Ferreira, vencedora do XI Concurso de Interpretação do Estoril, que será acompanhada por um Trio de Cordas composto por Mi-Sa Yang (violino), Aurélie Deschamps (violeta) e Seok Woo Yoon (violoncelo), interpretando obras de W. A. Mozart, G. Jacob e H. Villa-Lobos. A 13 de Junho, pelas 18 horas, na Sacristia do Mosteiro de Alcobaça, será vez de entrar em cena uma dos grandes destaques do certame: a Serenata “L’Angelica”, uma peça inspirada num episódio do clássico da literatura “Orlando Furioso” de Ariosto, obra de João de Sousa Carvalho (1745-1799) e que surge hoje depois de mais de 250 anos de esquecimento. Outro dos pontos fortes do programa acontece no dia 19 de Junho, no Cine-Teatro de Alcobaça, pelas 21h 30, com a Orquestra do Algarve, sob a direcção do próprio director artístico do Festival, Alexandre Delgado, a interpretar o famoso “Adagietto da Sinfonia N.º5” de Gustav Mahler (celebrizado pelo filme de Luchino Visconti: “Morte em Veneza”, título que será exibido neste mesmo local no dia 26 de Julho, pelas 21h 30), a “Sinfonia N.º5” de Beethoven e uma estreia absoluta: “Santo Asinha (Lenda para Barítono e Orquestra”)”, baseado num poema de Frederico Lourenço, também da autoria de Alexandre Delgado. No dia seguinte, 20 de Junho, pelas 18h, chega a vez do britânicoTrevor Wye demonstrar o poder que uma flauta pode ter, através do espectáculo “The Carnival Concert” que contém uma primeira parte de recital de Flauta de Amor e termina com uma hilariante performance de 50 Variações do Carnaval de Veneza para 60 flautas (sim, leu bem: 60 flautas) e um piano. Esta apresentação integra-se ainda na I Masterclass Internacional de Flauta Trasnversal dada por Trevor Wye no Cistermúsica e que decorre entre os dias 18 e 20 de Junho.