Paulo Alexandre Cerca de trinta roubos de fios e peças de cobre ocorridos só desde Setembro em vários concelhos da região Oeste já renderam aos suspeitos mais de 300 mil euros depois de vendidos a sucateiros, revelou a GNR. Dados recolhidos pela Agência Lusa junto dos destacamentos da GNR de Alenquer, Caldas da Rainha, Mafra e Torres Vedras apontam para um prejuízo de cerca de 350 mil euros, resultantes de 29 roubos de material em cobre ocorridos nestas áreas só desde o início de Setembro. Só no Cadaval, uma antiga destilaria de uma quinta agrícola, avaliada em mais de 250 mil euros, foi totalmente destruída para os suspeitos levarem os equipamentos em cobre.
Alguns dos roubos de peças em cobre ocorreram em quintas e propriedades agrícolas, donde são furtadas alfaias agrícolas e outras peças não só de cobre mas também de metal, materiais por vezes de grandes dimensões e de grande peso. Os casos estão todos a ser investigados pela GNR que afasta para já a hipótese de crime organizado. “Não há indícios suficientemente fortes de que estejamos perante crime organizado, mas são crimes que revelam algum planeamento porque são furtados objectos com alguma dimensão e algum peso”, disse à Lusa o major Eduardo Delgado, do comando distrital de Lisboa da GNR. A GNR já identificou diversos suspeitos, mas “não têm uma relação directa entre si”, disse, afastando por isso a hipótese de associação criminosa. A grande maioria das ocorrências diz respeito a cabos eléctricos ou de telecomunicações, contendo cobre.
A área do destacamento da GNR de Caldas da Rainha, que engloba os concelhos Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Nazaré, Óbidos e Peniche, foi onde se registou o maior número de roubos (15) ocorridos na região, tendo sido furtados mais de cinco mil metros de fio de cobre. Segundo a GNR, o furto de cobre, com elevado valor no mercado, destina-se à venda junto de sucateiros no país. Neste sentido, a GNR tem vindo a reforçar as acções de fiscalização junto das sucatas, sensibilizando os seus proprietários para a sua “responsabilidade criminal”, quando adquirem peças em cobre de proveniência duvidosa.
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