Cristiana RochaEstudanteNum olhar puro e superficial sobre os quatro cantos desta esfera que nos abrange a todos, poderei distinguir certos elementos que se destacam e dão sentido aos princípios, valores e poderes da sociedade primitiva. No entanto, prefiro deixar-me de globalidades e entrar na origem da personalidade do Homem.De facto, quando se fala nas sete maravilhas do mundo, quase que automaticamente associamos aos monumentos que acompanham e acompanharam a história de um povo, desde a antiguidade até aos nossos dias. Sem dúvida importantíssimos.
Porém, se, por breves momentos, nos centrarmos naquilo que realmente é importante na vida do Homem, poderemos pôr de parte as estruturas que cicatrizam a superfície terrestre, visto que a humanidade não precisa, ou não deveria precisar, de grandes estátuas ou mosteiros, para se enaltecer, para mostrar as suas capacidades, ocultando a sua verdadeira essência.Em concreto, a civilização sempre procurou a sua felicidade, seja no amor, no dinheiro ou na amizade. Desde então, desenvolveram-se sociedades que vivem dependentes destes valores, mas, por vezes, não são reconhecidos como tal. A meu ver, um ser humano para viver em constante harmonia com o mundo, dever-se-á sentir feliz com tudo aquilo que conquista, com os objectivos que alcança, através da sua auto-estima. Cria laços com certas pessoas, a que chama amigos, constrói uma família, a que dá amor, com saúde pode trabalhar, como recompensa recebe dinheiro, para viver uma vida estável. São os valores básicos na vida do Homem, são a chave do sucesso, e isso, é o que nos distingue de qualquer outra espécie, é o facto de termos livre arbítrio, de termos poder de escolha face às oportunidades que nos surgem e àquilo que queremos ou não, por opção pessoal. Contudo, se formos às nossas características mais básicas, poderemos enumerar outras tantas maravilhas. A nossa capacidade de ver o mundo, a nossa capacidade de o ouvir e comunicar com ele, de sentir tudo o que de bom e de mau existe, de provar toda a panóplia de sabores que este nos oferece, de andar, de correr, de saltar, de viver… enfim, se formos a contar, não são sete, são tantas maravilhas como aquelas que o Homem conquista e valoriza, e até outras que a sua imaginação faz nascer.Como seria a humanidade sem estes valores? Não digo que todos nós devemos seguir o mesmo estilo de vida, digo apenas que a natureza humana necessita de viver em sociedade para evoluir e desenvolver as suas capacidades. Se imaginasse cada individuo a viver isoladamente, longe do mundo actual, e de todas as pessoas, talvez vivesse num sítio pouco saudável, desumano.Depois de construirmos os nossos princípios e valores morais, aí sim, mostramos ao outro lado do mundo o quanto somos capazes de construir estruturas inesquecíveis e destacáveis dos outros seres, é como uma necessidade de querer mostrar aquilo que somos quando nos sentimos realizados, felizes.Em conclusão, eu penso que as sete maravilhas do mundo não são apenas as grandes estruturas que se caracterizam como tal, são também todas aquelas “coisas” que à partida não nos são essenciais, mas no fundo são a chave da nossa personalidade, a chave do sucesso, a chave da Humanidade!
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