Diatribe contra os professores

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Armando LopesColunistaTudo começou com a perda de autoridade dos professores. A que se seguiu uma retirada de competências, uma redução do grau de exigência e uma imposição do sucesso escolar. Depois vieram os Estatutos Disciplinar do Aluno e da Carreira Docente. Demagógicos, mal elaborados, incoerentes, feitos de múltiplas colagens e remendos. Com o único propósito […]

Armando LopesColunistaTudo começou com a perda de autoridade dos professores. A que se seguiu uma retirada de competências, uma redução do grau de exigência e uma imposição do sucesso escolar. Depois vieram os Estatutos Disciplinar do Aluno e da Carreira Docente. Demagógicos, mal elaborados, incoerentes, feitos de múltiplas colagens e remendos. Com o único propósito de melhorar as estatísticas. Concebidos desajeitadamente e à bruta, como é característico de todas as criações dos teóricos de gabinete. O desastre está à vista…

Mas não se pense que as responsabilidades vão inteirinhas para o Ministério da Educação. Não, as responsabilidades têm de ser repartidas entre o ME e os Sindicatos. Porque ambos se empenharam na defesa de interesses ocultos e no alcance de objectivos distorcidos. E nunca respeitaram os professores nem os alunos nem, fundamentalmente, a qualidade do ensino.Nesta guerra contra os professores existem dois opositores diferentes mas com um objectivo comum. Um e outro estão do mesmo lado da barricada. Com estratégias diferentes, com posturas diferentes, mas cavalgando o mesmo corcel dos interesses pessoais. A ministra da Educação e o secretário-geral da Fenprof. Separados, mas tão unidos…A primeira só se preocupa com a valorização dos resultados e das médias. Tem a obsessão do combate ao insucesso e ao abandono escolares. Quer extingui-los a qualquer preço, para ficar bem na fotografia. Com a sua teimosia paranóica já cometeu o pior erro que um governante pode cometer. Esqueceu-se dos governados e privou os professores do prazer e da alegria por aquilo que fazem.O segundo, o grande timoneiro sindical, preferiu o circo das grandes manifestações à eficácia da negociação. Mentiu, distorceu e falseou. Arrogou-se de uma representatividade que, manifestamente, não tem, para desacreditar os professores e se auto promover. Porque, para ele, os professores não são a classe que representa, são um trampolim e um pretexto. Apenas e só… É natural, ele já nem se lembra – se é que alguma vez o soube – do que é ser professor!

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