Chico César e Paulinho Moska tocam (e trocam)cumplicidades musicais

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Hoje à noite no Cine-Teatro de AlcobaçaDavid Mariano É hoje, às 21h 30, no Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça: Chico César e Paulinho Moska juntam-se em palco para cantar os sucessos de cada um e partilharem com o público a substância musical de uma amizade de longa data. São nomes grandes no Brasil (o […]
Chico César e Paulinho Moska tocam (e trocam)<br>cumplicidades musicais

Hoje à noite no Cine-Teatro de AlcobaçaDavid Mariano É hoje, às 21h 30, no Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça: Chico César e Paulinho Moska juntam-se em palco para cantar os sucessos de cada um e partilharem com o público a substância musical de uma amizade de longa data. São nomes grandes no Brasil (o que os torna “imensos” deste lado do Atlântico) e as afinidades entre os dois músicos parece que nunca mais acabaram desde que em 1998 um projecto intitulado “Os 5 no palco” os reuniu a ambos e a Zeca Baleiro, Lenine e Marcos Suzano em vários concertos no seu país de origem. “2 no palco” podia, por isso, ser um bom título para o que Chico César e Paulinho Moska vêm apresentar a Alcobaça num concerto exclusivo na região (e depois da passagem por Vila Nova de Famalicão e Lisboa).

Mas é mais do que isso o que iremos ver (e ouvir) esta noite: além das vozes, temos dois violões e muitas influências a operar no âmago da carreira destes dois artistas (para não falar da tão natural e abundante inspiração brasileira). Olhando um pouco às raízes de ambos, tudo parece dividi-los: se Chico César, por exemplo, é um filho do campo (nasceu em 1964, em Catolé da Rocha, no sertão da Paraiba), Paulinho Moska é um filho da cidade (vem da cidade do Rio de Janeiro, onde nasceu em 1967). O primeiro assume que uma das referências mais importantes na sua infância vinham das manifestações de folclore na sua região (o “reisado” ou os ritmos tradicionais como o forró, o xote e o baião), enquanto o segundo conheceu a glória de uma casa nocturna gerida pelo seu pai conhecida por “Dancin’ Days”. Podem o campo e a cidade conviver assim em tão profunda cumplicidade? A dupla César e Moska vem provar que sim e prova ainda que cada um deles canta as músicas do outro (é de um dialogo, no fundo, que se trata), a que se juntam igualmente temas de André Abujamra (tais como “Alma não tem cura” ou “Mundo”). A palavra, tão ao gosto da expressão brasileira, representa outro papel fundamental neste espectáculo que os músicos pretendem um dia vir a editar em disco e onde se esperam cerca de duas dezenas de canções tocadas em registo acústico. Depois desta tournée de duetos, Chico César e Paulinho Moska já têm projectos individuais na forja que esperam vir a apresentar também em Portugal num futuro próximo. Em Junho, pelo menos, está previsto o lançamento de um novo álbum de César, intitulado “Francisco, Forro y Frevo”, onde o autor reivindica as suas fortes raízes nordestinas e populares, estando Moska a pensar editar um trabalho a partir do seu programa televisivo “Zoombido” que reincide na reunião de duetos com gente tão respeitável quanto Gilberto Gil, Zélia Duncan ou Francis Hime. Até lá, Chico César e Paulinho Moska continuam juntos e juntos ocupam-se a curar as almas do mundo.

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