António Costa foi a Leiria apresentar Dispositivo Distrital de Combate a IncêndiosMinistro apelou à mobilização da sociedade na defesa da floresta O ministro António Costa apresentou o dispositivo distrital de combate a incêndios com os olhos postos na prevençãoAntónio PauloO ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, apelou no passado sábado em Leiria à sociedade civil, muito em especial aos proprietários, para que desempenhem um papel mais activo na defesa da floresta contra os fogos. “Todos somos poucos para fazer face a esta ameaça”, enfatizou António Costa, recordando que o ano passado “foi muito duro para todos nós”, o que fez com que “ao longo dos últimos meses fosse desenvolvido um trabalho profundo”, tendo como objectivo melhorar os níveis de protecção da floresta e a eficácia do combate aos incêndios.
O ministro deslocou-se a Leiria para apresentar o dispositivo distrital de combate a incêndios florestais – que em termos operacionais se desenvolverá a partir da próxima segunda-feira prologando-se até 15 de Outubro -, e reforçar que “apesar do trabalho feito, ou o conjunto da sociedade portuguesa se mobiliza para a defesa da floresta, ou todo este trabalho é insuficiente para alcançarmos o objectivo, de termos um Portugal sem fogos”. António Costa lembrou ainda a necessidade “de proceder à limpeza da floresta”, sublinhando ainda que importa colocar um ponto final nos comportamentos de risco para com a floresta. “A maioria dos incêndios resulta de incúria e negligência”, salientou o ministro, lembrando “os foguetes, as beatas de cigarro, ou as queimadas”. “Não depende dos bombeiros ou dos militares da GNR” terminar com estes comportamentos de risco, mas “sim de cada um de nós”, desafiou o ministro.Reforço de meios humanos e materiais Este ano, no período compreendido entre 15 de Maio e 30 de Junho, designado como “Fase Bravo”, o dispositivo distrital de Leiria contará com 14 equipas de combate a incêndios florestais, um grupo de reforço de combate a incêndios florestais, e uma equipa helitransportada com elementos de apoio logístico. A estes meios corresponderá o envolvimento de 115 elementos em permanência, representando um aumento de cerca de 91 por cento, face ao disponibilizado em igual período do ano passado. Integrará ainda este dispositivo, um meio aéreo de combate, um helicóptero médio colocado no Centro de Meios Aéreos (CMA) de Figueiró dos Vinhos, o que ocorrerá pela primeira vez nesta fase.Na apelidada “Fase Charlie”, que decorrerá de 1 de Julho a 30 de Setembro, integrarão o dispositivo 34 equipas de combate a incêndios florestais, 18 equipas logísticas de apoio ao combate, um grupo de reforço a fogos florestais, duas equipas helitransportadas, 10 elementos de apoio logístico e seis elementos de comando às operações em regime de permanência. Este dispositivo envolverá um total de 280 elementos em permanência, o que, em termos percentuais, representa um aumento de 33 pontos relativamente ao registado igual período do ano passado. Nesta fase integrarão o dispositivo três meios aéreos de combate a incêndios florestais – dois helicópteros, um médio e um ligeiro, bem como um aerotanque ligeiro, estacionados, respectivamente, nos CMA de Figueiró dos Vinhos, Pombal, e no Aeródromo do Falcão em Leiria, com este a surgir pela primeira vez no sector operacional de Leiria. Ainda durante este período, integrarão o dispositivo distrital 20 dos 280 elementos que a nível nacional fazem parte do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro (GIPS), uma equipa criada no seio da GNR.O Comandante Operacional Distrital de Leiria, José Manuel Moura, a propósito do dispositivo idealizado, refere que “em quantidade este é o maior de sempre, pelo que julgamos estar preparados”, não deixando, contudo de sublinhar que “a prevenção é muito importante, dado que cada vez mais, a luta contra as chamas é desigual”.
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