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Partidos e população de Fanhais com dúvidas sobre os benefícios da Nazaré Green Valley

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A população de Fanhais, localidade da freguesia da Nazaré, não se mostra recetiva à construção de um parque destinado à produção de hidrogénio verde, um investimento de 150 milhões de euros. A Assembleia Municipal realizou uma sessão extraordinária, no passado dia 30, em Fanhais, localidade onde a empresa Rega Energy pretende implementar parte do investimento […]

A população de Fanhais, localidade da freguesia da Nazaré, não se mostra recetiva à construção de um parque destinado à produção de hidrogénio verde, um investimento de 150 milhões de euros.

A Assembleia Municipal realizou uma sessão extraordinária, no passado dia 30, em Fanhais, localidade onde a empresa Rega Energy pretende implementar parte do investimento de 150 milhões de euros destinado a descarbonizar as indústrias da região, através da substituição de fontes de energia como gás natural por hidrogénio verde.

Com o nome “Nazaré Green Hydrogen Valley”, este projeto prevê a instalação de 62 hectares de painéis fotovoltaicos e sete turbinas eólicas numa área de 220 hectares de pinhal em Fanhais.

Cerca de uma centena de habitantes esteve na reunião onde manifestou a sua oposição ao Plano Diretor Municipal (PDM) da Nazaré e à desmatação da localidade para permitir que a empresa instale ali o parque.

Para Maria Carolina Varela “Fanhais é um lugar negligenciado pela Câmara, onde os pedidos para a colocação de bandas sonoras têm sido ignorados e onde os filhos da terra tiveram que sair para construir casa. A alteração do PDM apresentado como obstáculo para a não construção de casas, mas já não o é para este projeto, apresentado como importante para a independência energética do país.”

“Não acreditamos em quaisquer mais valias deste projeto,”

Já para João Paulo Graça, outro habitante de Fanhais, que expressou a sua opinião contra o projeto, lembrou que a “floresta, que ainda é um meio de subsistência para alguns dos mais idosos, é um dos símbolos da localidade”, tendo questionado a Câmara sobre os verdadeiros motivos que a levam a equacionar um projeto destes no concelho da Nazaré.

O freguês disse que a empresa quer apenas “sacar milhões ao estado” para “daqui a 10 anos abandonarem o projeto e deixar aqui uma lixeira a céu aberto como acontece em várias partes da Europa”

Adélia Pescada, representante da Liga dos Amigos de Fanhais, uma das subscritoras do abaixo-assinado de Fanhais contra o projeto de instalação do parque na localidade, entregou o documento ao executivo da Câmara.

“Embora a população não tenha sido consultada, este projeto irá provocar uma enorme devastação da floresta que rodeia o povoado e que tanto a caracteriza”, disse, acrescentando que o mesmo prossupõe a instalação de linhas elétricas de alta tensão pela localidade, o que, segundo estudos já realizados, provocam efeitos negativos na saúde pública.”

O abaixo-assinado refere ainda que “não se percebe que tal projeto seja sequer considerado uma vez que as principais empresas beneficiadas por este projeto estão localizadas noutros concelhos”.

Caso o Nazaré Green Hydrogen Valley não seja aprovado para se instalar em Fanhais, avançará noutras localizações alternativas que estão também a ser avaliadas”, explicou o responsável pelo desenvolvimento de projeto na empresa Rega Energy, João Rosa Santos”.

O projeto envolve quatro concelhos (Nazaré, Leiria, Marinha Grande e Alcobaça) e servirá um consórcio que representa cerca de 10% das emissões de CO2 da indústria nacional.

O Nazaré Green Hydrogen Valley inclui uma unidade para a produção do hidrogénio verde e uma central solar que lhe fornecerá a energia necessária para a eletrólise, e prevê a criação de 140 novos postos de trabalho.

O projeto, classificado como de interesse nacional, é desenvolvido por um consórcio de oito empresas que englobam o setor dos cimentos (Cimpor e Cecil), do setor do vidro (BA Glass, Crisal e Vidrala), entre outras empresas dos setores da água e do gás natural.

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