A intervenção mais profunda contemplou o edifício composto pela Destilaria e pelo Armazém das Aguardentes, criando um complexo museológico, que irá ter programação própria, aproveitando os quatro andares do edifício industrial
Na Adega dos Balseiros, outro dos edifícios intervencionados, foram feitas obras de melhoria estrutural, nomeadamente ao nível da cobertura, da fachada e dos acessos.
A obra, orçada em 460 mil euros, foi feita ao abrigo de uma candidatura da Câmara de Alcobaça ao Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU).
A segunda fase da empreitada vai requalificar o corpo principal do museu e parte subsequentes como a zona das antigas tabernas, dos anos 40 e 50, ou a Casa da Malta, onde o pessoal dormia durante as vindimas.
A segunda fase da requalificação deverá ter início em 2022 e ficar concluída em 2023,
O Museu do Vinho de Alcobaça resultou do legado do vitivinicultor José Eduardo Raposo de Magalhães, que nos finais do século XIX criou a Adega do Olival Fechado, em Alcobaça.
Da adega, moderna para o seu tempo e equipada com tecnologia de ponta da época, nasceu um Museu Nacional, no séc. XX, fundado por Manuel Augusto Paixão Marques, delegado da então Junta Nacional do Vinho (JNV).
A modernização operada na década de 40 ficou marcada pela transformação do espaço de adega em depósitos industriais, verticais, de vinhos brancos e tintos e, a partir da década de 60, foram-se criando coleções de grande valor histórico e patrimonial, decorrente do encerramento de alguns dos armazéns da JNV.
O museu conta com um acervo de mais de 10.000 peças móveis, de tipologias tão diversas como: enologia; etnologia; tecnologia tradicional; arqueologia industrial; artes gráficas, plásticas e decorativas.
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