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Banda de Alcobaça completa 100 anos e prepara-se para novos capítulos ao serviço das Artes

Paulo Alexandre

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A Banda de Alcobaça completou, em março, cem anos de existência. O momento histórico foi assinalado de forma singela, atendendo o contexto de pandemia, que acabou por ditar o adiamento das iniciativas previstas para comemorar este centenário.

No entanto, o presidente da Direção da Banda de Alcobaça, Rui Morais, está “confiante que a atual situação será ultrapassada e que será possível realizar o essencial dos eventos pensados até março de 2021 para assinalar esta tão simbólica data”. Afinal, salienta o dirigente, “são 100 anos de história, de empenho cívico de muitas pessoas, mas também de resiliência em muitos momentos difíceis. Infelizmente estamos a viver mais um desses momentos, o mais grave nas últimas décadas, mas acredito que ficaremos ainda mais fortes”.

A Banda de Alcobaça é hoje um polo educativo e cultural de referência no domínio das Artes, com um papel decisivo na comunidade em que se insere e com projetos de impacto nacional e reconhecidos internacionalmente. Nas últimas décadas a instituição desenvolveu um trabalho ímpar nas áreas educativa, social e artística, com uma atividade que abrange, atualmente, 3196 alunos/utentes (630 dos quais nos cursos artísticos de música e dança), constituindo-se, por outro lado, um relevante empregador no concelho de Alcobaça, com um total de 124 funcionários e colaboradores.

Para o futuro próximo, Rui Morais assegura que “a prioridade é dotar a Banda de Alcobaça de instalações modernas e adequadas ao enorme crescimento das Academias de Música e Dança, de forma não só a manter, mas principalmente a elevar os padrões de qualidade da formação aqui dada”. Outros objetivos passam pela consolidação da área social e pela internacionalização, não só dos grandes festivais de música que a instituição organiza, mas também de novos projetos.

Da “Real Fanfarra Alcobacense” a associação artística de referência

A história da instituição remonta ao início do séc. XX, mais precisamente a um agrupamento musical, a Real Fanfarra Alcobacense, honroso título que o Rei D. Carlos e a Rainha Dª Amélia lhe concederam pela sua qualidade musical. Foram, assim, lançadas as bases para a fundação da Banda de Alcobaça, que ocorreu a 19 de março de 1920, e que nos quarenta anos seguintes atuou em vários pontos do País.

Porém, como tantas vezes sucede na história das coletividades, nas décadas de 60 a 80 deixa de ter atividade, vindo a renascer somente em 1985, pela mão de um grupo de alcobacenses que, para o efeito, cria uma escola de música. Os alunos desta escola, em conjunto com instrumentistas de outras bandas do concelho, fizeram ressurgir a banda de música, tendo esta feito a sua primeira apresentação a 30 de novembro desse mesmo ano.

O ponto de viragem da Banda de Alcobaça, de uma colectividade musical tradicional para uma associação artística de referência, deu-se no início do séc. XXI, com a criação da Academia de Música de Alcobaça, em 2002. Desde então, a Academia tornou-se uma das maiores escolas de música no país, a que acrescentou, a partir de 2009, a área da dança, mantendo, no entanto, sempre em funcionamento a sua banda de música, agora Banda Sinfónica de Alcobaça.

Além do ensino artístico especializado, a Banda de Alcobaça passou a desenvolver, de forma crescente, projetos de cariz social e a produzir grandes eventos artísticos, destacando-se a este nível festivais de renome como o Cistermúsica ou o Gravíssimo!, reconhecidos pelo Ministério da Cultura, pela Presidência da República e por organismos europeus.

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