José Noronha, com 55 anos, foi encontrado enterrado no quintal da sua moradia em Alfeizerão, Alcobaça (2015) com a cara envolta em fita adesiva e braços e pernas presos com braçadeiras.
“Nem a um cão se faz isto”, referiu o presidente do coletivo de juízes.
Uma das arguidas, Daniela Paulino, de 28 anos, que mantinha uma relação amorosa com a vítima, foi condenada a 13 anos e meio de prisão pela sua ligação ao homicídio e ocultação do cadáver, para além de crimes de falsificação de documentos e de falso depoimento.
O irmão, Nelson Paulino, recebeu a mesma pena.
Patrícia Martins, companheira de Nelson, foi condenada a 12 anos e quatro meses de prisão.
Embora admita que os indícios recolhidos na autópsia não tenham permitido clarificar com certezas a causa da morte, o coletivo de juízes classificou a versão apresentada pelos arguidos em tribunal, onde Nelson Paulino assumia total responsabilidade pelo “acidente” que conduziu à morte de José Noronha, como “explicações vãs” que “não mereceram credibilidade”.
O advogado da família da vítima, Paulo Silva Ribeiro, disse ao CM que “se fez justiça” com a decisão tomada.
Já Filipe Estêvão Ferreira, representante legal de Patrícia Martins, anunciou a sua intenção de recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Coimbra.
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